Pela primeira vez na história, o mundo tem mais avós do que netos. Até 2050, haverá duas pessoas com mais de 65 anos para cada criança ou adolescente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A maioria de nós pode esperar viver muito mais do que as gerações passadas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa é de que, em 2030, pela primeira vez, a população idosa brasileira será mais numerosa do que a de crianças, ultrapassando os 43 milhões.
A longevidade é uma conquista da evolução da ciência e dos cuidados com saúde no mundo todo, mas também levanta novas preocupações com o bem-estar e qualidade de vida dos idosos. Para proteger a população mais velha, a Organização das Nações Unidas (ONU) determinou que a década atual, de 2021 até 2030, deve ser a década do envelhecimento saudável.
Por que precisamos envelhecer melhor?
No mundo todo, os problemas enfrentados na velhice são um grande empecilho para viver plenamente até o fim da vida. No quesito saúde, há uma série de comorbidades que prejudicam a qualidade de vida, disposição e independência do idoso, como problemas bucais e má alimentação, sarcopenia, dificuldades de locomoção e problemas cognitivos, como a Doença de Alzheimer.
No quesito social, o idoso também enfrenta dificuldades, principalmente em países de baixa ou média renda que não oferecem condições básicas para uma vida digna para as populações mais pobres, como é o caso do Brasil. Dificuldades financeiras, baixa inclusão digital e socialização precária são alguns dos empecilhos para uma velhice plena.
A década do envelhecimento saudável
A década do envelhecimento saudável é uma iniciativa que pretende reunir governos, sociedade civil, agências internacionais, profissionais, academia, mídia e o setor privado para melhorar a vida das pessoas idosas, de suas famílias e das comunidades em que vivem. Está alinhada com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs), também conhecidos como Agenda 2030, “uma lista das coisas a fazer em nome dos povos e do planeta” que refletem uma visão comum para a humanidade.
Para colocar a década do envelhecimento saudável em prática, a ONU elaborou quatro pilares:
Cuidado a longo prazo
Os mais velhos também têm aspirações e merecem viver bem, com respeito e dignidade, até o fim da vida. Por isso, a ONU fala em sistemas de assistência a longo prazo e cuidados específicos para garantir seus direitos básicos e liberdades fundamentais.
Para isso, os sistemas de saúde precisam ser preparados para fornecer cuidados de alta qualidade em todas as áreas da vida do idoso – desde a nutrição de qualidade até a manutenção da memória e da capacidade funcional, indo muito além da prevenção e manejo de doenças.
Cuidado integrado
À medida que as pessoas envelhecem, suas necessidades de saúde tendem a se tornar mais complexas e crônicas. Os sistemas de saúde existentes hoje são fragmentados, o que torna difícil atender com eficácia às necessidades específicas do idoso. Assim, a ONU destaca a importância do cuidado integrado, uma abordagem que ajuda profissionais de saúde e assistência social a compreender, projetar e implementar um modelo de atenção centrado no idoso e bem coordenado. Assim, especialistas de diferentes áreas agem em conjunto para maximizar a capacidade funcional dos mais velhos.
Combater preconceitos
Ainda existem muitos preconceitos e discriminação contra idosos, o que afeta sua saúde e bem-estar. A ideia de que pessoas mais velhas não têm valor ou não deveriam ser totalmente independentes, por exemplo, prejudica sua qualidade de vida e até mesmo longevidade. Por isso, a ONU pretende promover:
- Independência e autonomia dos idosos
- Informações suficientes sobre a própria saúde para que possa tomar suas decisões
- Segurança social, acessibilidade e mobilidade pessoal
- Reconhecimento igualitário perante a lei
Ambientes amigáveis aos idosos
Saúde e bem-estar não são determinados apenas por nossa genética e características pessoais, mas também pelo ambiente físico e social no qual vivemos. Ele desempenha um papel importante na determinação de nossa capacidade física e mental ao longo da vida. A pouca convivência social, por exemplo, pode estar associada à piora de funções cognitivas e à depressão. Por isso, o idoso deve estar inserido em ambientes saudáveis, diversos e dinâmicos, nos quais possam explorar seu potencial até o fim da vida.
Todos nós fazemos parte da década do envelhecimento saudável e devemos nos atentar aos pilares que constituem um envelhecimento mais pleno e feliz. Vamos juntos?
Referências:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em 2030, cerca de 40% da população brasileira deverá ter entre 30 e 60 anos. Disponível em:
World Health Agency. Decade of Healthy Aging 2021 - 2030. Disponível em:
Nature Aging. The United Nations Decade of Healthy Ageing requires concerted global action. Disponível em:
https://www.nature.com/articles/s43587-020-00011-5
World Health Organization. UN Decade of Healthy Aging. Disponível em:
https://www.who.int/initiatives/decade-of-healthy-ageing
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