A amamentação 'cruzada' acontece quando uma mãe amamenta o filho de outra mulher, que não tem leite suficiente ou enfrenta alguma dificuldade no aleitamento. A prática é desaconselhada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) também contraindicam esse forma de amamentação, pelo risco do bebê ser contaminado com alguma doença que passe pelo leite da mulher que amamenta - e o bebê não tem anticorpos específicos para se proteger.
Entre as doenças que podem ser transmitidas, estão as infectocontagiosas, como hepatite, o vírus da AIDS e mononucleose, que tem entre seus sintomas o aumento do tamanho dos gânglios do pescoço e amigdalite. Mães infectadas podem contaminar bebês, e lactentes infectados também podem contaminar mulheres sadias, informa material sobre o assunto produzido pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, em São Paulo.
Mesmo no caso de mulheres que sejam da mesma família, como primas ou irmãs, que deram à luz em períodos consoantes, a amamentação cruzada não é indicada pelas possibilidades de riscos já citadas.
Algumas mães recorrem à amamentação cruzada por acreditar que o seu leite é 'fraco'. No entanto, não existe leite fraco. O leite da mãe é adequado, completo, equilibrado e suficiente para o seu filho, afirma documento sobre aleitamento materno, feito em conjunto pelo Ministério da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Isso não quer dizer, contudo, que o bebê não pode se alimentar de leite de outra mulher, que não a sua mãe. Pode, desde que ele seja proveniente de bancos de doação de leite humano. Esses institutos coletam, processam e controlam a qualidade do leite humano, para posterior distribuição sob prescrição do médico ou nutricionista.
No caso de mulheres que não têm leite suficiente, não podem amamentar ou estão com dúvidas a respeito da amamentação, elas devem procurar ajuda médica ou mesmo orientação em bancos de leite humano.
O leite materno é considerado o alimento mais completo para o bebê, por conter todos os nutrientes, vitaminas e minerais necessários para o desenvolvimento adequado dos pequenos durante os primeiros meses de vida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a amamentação exclusiva para crianças de até seis meses de idade e, de forma complementar, até os dois anos ou mais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sociedade Brasileira de Pediatria - “Nota aos médicos e à população sobre amamentação cruzada”, 2018.
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu - “Folheto informativo - Amamentação cruzada”, 2017.
Fundo das Nações Unidas para a Infância e Ministério da Saúde - “Promovendo o aleitamento materno.”
Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) - "Os perigos da amamentação cruzada".
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