Com a proximidade do nascimento do bebê, a mãe fica cada vez mais ansiosa pelos primeiros cuidados. Por isso, listamos abaixo 10 curiosidades sobre a amamentação que podem ajudar a deixar o momento mais tranquilo e a mães mais seguras.
1 - O tamanho das mamas influencia a quantidade de leite?
Não. O que determina a quantidade de leite é o hormônio responsável pela sua produção, a prolactina. Além disso, quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido. O que dá o tamanho e o formato dos seios é o tecido gorduroso. Ou seja, uma coisa não influencia a outra.
2 - Quanto tempo e quantas vezes o bebê deve mamar por dia?
Na “amamentação em livre demanda”, a criança é amamentada na hora que quiser e quantas vezes quiser. Nos primeiros meses, é normal que o bebê mame com bastante frequência e sem horários regulares. Estima-se que uma criança em aleitamento materno exclusivo mame de oito a 12 vezes ao dia.
3 - Como sei que o bebê está mamando o suficiente?
Com o tempo, você aprenderá a identificar os sinais que indicam que o bebê está satisfeito. Com o acompanhamento do pediatra, pode-se observar a quantidade de urina e fezes produzidas pelo bebê e o seu desenvolvimento, especialmente de peso.
4 - O leite do início é mais ralo e depois engrossa?
Sim! O leite do início da mamada é mais “ralo”, pois contém mais água, menos gordura e grande quantidade de fatores de defesa, os anticorpos. Contém também mais vitaminas e sais minerais. O leite do fim da mamada é mais grosso, visto que tem mais gordura e engorda o bebê. Mas lembre-se: tanto o leite do começo quanto o do fim da mamada são importante para o bebê.
5 - Posso amamentar mesmo se tiver mastite?
Segundo o Ministério da Saúde, a mastite não é contra-indicação para amamentar. Geralmente ela acomete só um peito e por volta de duas semanas do parto. Assim, é possível amamentar com o outro seio enquanto a mama com mastite é tratada. No entanto, é preciso tomar cuidado. Quando não tratada adequadamente, a mastite pode evoluir para um quadro com pus e de tratamento mais complexo. Aos primeiros sinais, deve-se procurar um médico.
6. Existe leite fraco?
Não. Todas as mães são capazes de produzir um bom leite. Além disso, o leite materno tem todas as substâncias na quantidade certa de que o bebê precisa para crescer e se desenvolver sadio. Como o leite materno é digerido com facilidade e rapidez, o bebê pode querer mamar com frequência, mas isso não é porque o leite é fraco.
7. Leite materno mata a sede também? Devo complementar com água?
O leite materno é um alimento completo para o bebê nos seus primeiros seis meses de vida. Nesse período, não é necessário oferecer mais nada, nem água. Segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR), da Fundação Oswaldo Cruz, o leite humano é um alimento que contém equilíbrio de gorduras, carboidratos e proteínas na medida exata para prover o crescimento e a imunidade dos bebês, além de combater as infecções infantis, desenvolver o cérebro e aumentar a resistência a doenças crônicas, como asma, alergias e diabetes.
8. Qual o momento certo para o desmame?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a amamentação exclusiva durante os primeiros seis meses de vida. Dos seis meses até pelo menos os dois anos, a amamentação deve ser complementar, isto é, a criança consome outros alimentos mas segue tomando o leite da mãe. O desmame completo varia conforme cada mãe e cada bebê, e o pediatra deve orientar esse processo.
9. Se eu tiver leite excedente, posso amamentar outros bebês que precisam?
A chamada “amamentação cruzada” é contra-indicada pelo Ministério da Saúde – falamos sobre isso neste texto [linkar texto sobre amamentação cruzada]. Mães que possam e queiram doar leite devem fazê-lo diretamente aos Bancos de Leite Humano. Esse locais fazem inúmeras análises para garantir que o leite não esteja contaminado e que não ofereça riscos para o bebê que vai recebê-lo. Encontre aqui o banco de leite mais próximo da sua casa.
10. Existem mães que não podem amamentar?
O Ministério da Saúde recomenda que as mães portadoras dos vírus HTLV-2 e HIV não amamentem. Contudo, é sempre importante consultar um profissional de saúde para uma melhor avaliação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ministério da Saúde (“Aleitamento Materno”), (Fundação Oswaldo Cruz (“Promovendo o aleitamento materno” e “Mitos e Verdades”), Organização Pan-Americana da Saúde (“Aleitamento materno nos primeiros anos de vida salvaria mais de 820 mil crianças menores de cinco anos em todo o mundo”)
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