O sono do bebê é um dos pilares responsáveis pelo seu adequado desenvolvimento físico, cognitivo e emocional. Não à toa, dormir ocupa grande parte da rotina de um bebê – no primeiro mês de vida, os pequenos tendem a dormir uma média de 17 a 18 horas por dia.
E exatamente por representar uma função mais biológica é que o sono sofre alterações importantes quando chega o fim da licença maternidade e mãe e filhos antes grudados começam a ficar horas distantes um do outro.
É comum que uma criança que nunca havia tido problema algum em adormecer comece a apresentar comportamentos irritadiços e birrentos na hora de dormir. Quando isso acontece durante o dia, na escolinha ou com o cuidador, é visível que o problema é a falta da mãe. Mas e por que isso acontece também nos momentos em que a mãe está por perto?
São corriqueiros os relatos de bebês que já dormiam a noite toda voltarem a acordar muitas vezes durante a madrugada – uma situação que costuma gerar culpa na mãe, fazer crescer o cansaço (afinal, com sono ou sem sono o expediente tem de ser cumprido no dia seguinte) e o receio de que a criança não esteja sendo bem tratada no local em que fica durante o tempo em que a mãe trabalha.
Como regular o sono do bebê
A primeira recomendação é tentar se livrar do sentimento de culpa: ele só piora o estresse e não ajuda a mulher a ficar segura para acalmar o filho e ajudá-lo a retomar a rotina que existia antes. O segundo é comunicar à escola ou cuidador sobre o padrão de sono alterado do bebê: isso vai ajudá-los a propiciar um ambiente mais acolhedor possível e a compreender os níveis de canseira do pequeno.
Por último, é preciso paciência. Ficar longe da mãe gera essa "crise de separação" e acordar a noite toda é uma forma inconsciente de ficar perto da mãe. Em alguns momentos de choro intenso, você precisa mesmo estar com ele no colo, mas tente, aos poucos, apenas se aproximar do berço, fazer um carinho e dizer ao pequeno que você estará com ele até que ele volte a dormir. Pode ser que funcione.
Há casos em que a criança se estabiliza e, em poucas semanas, o sono volta a ser comprido e sereno e há situações em que se levam meses até que o pequeno se dê conta de que a mãe sai e depois volta. De toda forma, não há receita para que essa compreensão seja mais rápida. Aqui, como em tudo que se diz respeito à maternidade, cada bebê é um bebê e as comparações são injustas e só servem para que os pais tenham uma culpa desnecessária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - “Fatores Associados à não Adaptação do Bebê na Creche: da Gestação ao Ingresso na Instituição”, 2014.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - “O Ingresso e Adaptação de Bebês e Crianças Pequenas à Creche: Alguns Aspectos Críticos”, 2001.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - “O papel da relação mãe-bebê no padrão de sono do bebê dos 6 aos 18 meses”, 2016.
Unidade da Primeira Infância do Hospital D. Estefânia - Centro Hospitalar Lisboa Central - “Problemas de sono em idade pediátrica”, 2009.
Ministério da Saúde - “Saúde da criança: Acompanhamento de crescimento e desenvolvimento infantil”, 2002.
Instituto Fazendo História - “O acolhimento de bebês: Práticas e reflexões compartilhadas”, 2014.
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