Atividade física para criança: quais e a partir de qual idade

5 minutos - 3 de Novembro de 2018 - por Equipe Danone Baby

Praticar atividade física faz tão bem que, neste caso, vale muito a máxima " quanto antes começar, melhor" . Há “exercícios” até para os bebês novinhos, que ainda não completaram um ano de idade.

Andar, correr, pular, subir, nadar... todas essas atividades aperfeiçoam a coordenação motora e trazem benefícios para a saúde da criança. Direcioná-la para atividade física desde cedo desenvolve a força muscular, flexibilidade e resistência. Também estimula o metabolismo ósseo, aumenta a capacidade respiratória e cardíaca, melhora o humor, o apetite e previne a obesidade. A longo prazo, diminui o risco de hipertensão e diabetes.

Atividade física para criança: veja por fases de desenvolvimento

A partir dos seis meses

O lactente deve ter liberdade para se mover de acordo com o seu nível de desenvolvimento. Colocá-lo em um cercadinho permite que observe o ambiente, brinque, agarre brinquedos, puxe e empurre objetos, mova a cabeça e o corpo e possa se apoiar para ficar em pé.

A natação é um esporte indicado para bebês que ainda não sabem andar. Há muitos benefícios em deixá-lo cair na água, bater as perninhas e se divertir bastante. Nadar ajuda o bebê a desenvolver suas competências físicas e a trabalhar os músculos, além das competências sociais e até linguísticas.

Um estudo conduzido pela Griffith University (Austrália) revelou que crianças que nadam desde pequenas têm desenvolvimento físico e mental mais avançado. Os pesquisadores observaram que as crianças entre três e cinco anos que haviam começado a nadar ainda bebês desenvolveram suas habilidades verbais mais cedo, assim como a capacidade de lembrar histórias e a noção de entendimento.

A partir dos 10 meses

O bebê pode começar a engatinhar a qualquer momento. O ideal é que tenha bastante espaço para engatinhar e começar a andar com apoio, quando chegar a hora. O ambiente deve ser seguro e supervisionado por um adulto.

Um a três anos

Parece difícil pensar em um bebê sedentário, mas pode acontecer. Estimule-o a brincar e a se manter ativo durante o dia. Nada de deixá-lo assistir a desenho no celular, deitado na cama, por horas a fio.

Quatro a sete anos

Nesta idade, a criança deve ser estimulada a correr, pular, subir e descer e a experimentar tudo que faz o corpo se mexer. Valem as primeiras experimentações com esportes de fato, mas não é indicado o foco em apenas uma atividade: direcionar a criança a apenas uma atividade pode privar o desenvolvimento de certos grupos musculares.

Oito a onze anos

A criança já pode começar a praticar esportes, mas sem dar ênfase no aspecto competitivo. O ideal é que exista uma associação de ginástica e jogos.

A partir dos 12 anos

A criança já pode praticar esportes com objetivos competitivos, visando resultados. O esporte é importante na formação do caráter porque desenvolve a sociabilidade, respeito às regras, empenho e o modo de lidar com vitórias e derrotas.

Por outro lado, o esporte pode acarretar lesões físicas (como fratura ou rompimento de ligamentos), desidratação pelo calor e sobrecarga psicológica. Portanto, é importante que pais e profissionais acompanhem as aulas e o desempenho da criança para assegurar que tenha maturidade biológica suficiente e não fique sobrecarregada. Crianças da mesma faixa etária podem ter diferenças de maturação, então é preciso identificar o ritmo próprio de cada uma.

O principal papel dos pais é estimular a atividade física desde cedo e, posteriormente, os esportes. Isso significa não pressionar a criança nem estabelecer metas muito ambiciosas. Já o professor deve controlar a intensidade do treinamento, levando em conta a idade e o desenvolvimento de cada aluno.

A criança deve ter o direito de não ser um grande atleta e não deve ser cobrada em excesso. O ideal é que a atividade física programada seja realizada cinco vezes por semana (no mínimo três dias e nunca sete dias por semana).

Os esportes, assim como os bons hábitos de alimentação, são aliados da saúde. Adotando uma atitude correta em relação à atividade física, a vida da criança fica mais saudável e feliz.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Griffith University (“Swin study reveals a smart pool of talent”)
Griffith University (“Early-years swimming”)
Sociedade Brasileira de Pediatria (“Atividade física na infância”)
Universidade de São Paulo (“Atividade física na infância”)
NHS - Site do Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido (“Physical activity guidelines for children under five years”)

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