Brincar com outros bebês e crianças pode render algumas lágrimas e puxões de cabelo, mas tem muito a acrescentar em relação ao desenvolvimento dos pequenos. Por isso é tão importante a socialização do bebê.
Até os seis meses de idade, os pais são todo o universo do bebê. Mas conforme desenvolve suas habilidades motoras, cognitivas, sociais e de linguagem, o pequeno se torna mais independente. Passa, então, a se interessar por outras pessoas, inclusive crianças.
A pedagoga Cynthia Adriana Alves Fernandes Pinto Coelho, pós-graduada em psicopedagogia com foco em Infância, Cultura e Práticas Formativas, explica que a interação com outros bebês começa a partir dos seis meses. Nessa fase, no entanto, se resume a sorrisos e imitações. “O bebê imita os adultos, mas também imita as crianças. Isso pode oferecer desafios e possibilidades, tanto motores quanto linguísticas. Ele vai imitar o que outro bebê faz e vai achar gostoso, será um aprendizado”, afirma.
Antes de completar um ano, o bebê ainda tem mais interesse por objetos e brinquedos, pois está começando a explorar o mundo. Mas um pouco mais tarde, principalmente a partir de um ano e meio, interage com outras crianças – mesmo que as duas fiquem brincando sozinhas, mas uma ao lado da outra. Essa interação traz novas experiências ricas que o pequeno não vive com um adulto.
O bebê, o indivíduo
Para a especialista, as crianças de hoje tendem a crescer em núcleo mais fechados, com os pais ou a babá. Os espaços onde podem conviver com outras pessoas, como a própria creche ou escolinha, podem ser saudáveis na medida em que garantem a sua socialização. A partir das reações dos outros bebês, ele aprende a construir limites.
“A partir dessas experiências com o outro, o bebê vai ganhando condições de se enxergar enquanto pessoa e sujeito”, diz Cynthia. “Assim, vai construindo suas próprias experiências, não as que o cuidador previu”, completa.
O pai que brinca com o filho, por exemplo, não irá puxar o seu cabelo ou chorar após a disputa por um brinquedo. Já outro bebê, sim. Dessa forma, as duas crianças aprendem a lidar com frustrações, a entender que o mundo não é perfeito e que nem tudo ocorre de acordo com a sua vontade. “Muitas das construções do bebê se baseiam na resposta que recebe. Se é positiva, a tendência é continuar aquele comportamento. Se é negativa, procura entender o que não está dando certo e buscar um caminho melhor”, afirma Cynthia.
A especialista acrescenta que brincar com outra criança também pode contribuir para o desenvolvimento motor e físico. Juntos, os dois podem criar uma brincadeira diferente e mais espontânea, diferente da estabelecida com adultos.
Como garantir a socialização do bebê
A escolinha não é o único espaço onde pode ocorrer a socialização das crianças. Em espaços comuns, como parques e pracinhas, é possível marcar encontros para que os pequenos interajam. Há, ainda, aulas de natação e outras atividades que podem ser boa opção. Ter um irmão, ou parentes pequenos próximos com quem conviva com frequência, também.
“Muitas vezes, os pais não confiam na capacidade da criança e no seu desenvolvimento físico, biológico e motor. Portanto, há o medo de deixar a criança experimentar”, afirma Cynthia. "Mas colocar a criança na escolinha, ou permitir que conviva mais com outros bebês em áreas públicas, tem impactos positivos a curto e a longo prazo."
A partir do primeiro ano de idade, o bebê estará mais disposto a brincar com outras crianças e, aos poucos, demonstrará empatia e preferências
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