A entonação da sua voz muda involuntariamente quando conversa com o seu bebê? Falar de forma infantilizada é, de fato, um dos hábitos mais gostosos e comuns na hora de interagir com o pequeno. Mas por que será que você faz isso? Será que tal costume é positivo?
A chamada “baby talk” (expressão em inglês) parece chamar atenção dos pequenos. Quando usamos a voz infantilizada e fazemos sons ou caretas engraçadas, o bebê fica atento, olha nos olhos e, dependendo da idade, até interage.
De acordo com um estudo feito em 1990 nos Estados Unidos, os bebês prestam mais atenção nos adultos quando falam com voz infantilizada. Em outra pesquisa, realizada em 2007, analisou-se o funcionamento do cérebro dos pequenos durante o sono. Quando ouviam a “baby talk”, o fluxo sanguíneo no lobo frontal, que cumpre funções no processamento de informações, era mais intenso.
Já outro estudo, feito em 2015 no Japão, indica que a “baby talk” é indicada, mas não deve ser o único padrão de comunicação com os bebês.
Para os cientistas, os pais adotam a “baby talk” não só para tentar transmitir a mensagem de forma mais simples, mas também um sentimento. Quando você diz: “quem é o bebê mais lindinho da mamãe” com voz infantilizada, provavelmente está querendo demonstrar o quanto o ama, não é mesmo?
A voz infantilizada não é suficiente para demonstrar ao bebê que se importa com ele. Crianças pequenas precisam de um tempo de qualidade junto aos pais, o que significa uma atenção exclusiva e intencionada.
Voz infantil para falar com bebê e outras dicas:
- Converse bastante com o bebê: pais que conversam com a criança tendem a criar filhos mais comunicativos
- Passe um tempo a sós com o bebê, pois a conversa tende a ser mais eficiente quando é realizada apenas entre o pai ou a mãe e o pequeno
- Quando o bebê tentar responder ou se comunicar em retorno, não o interrompa ou o ignore. Ele precisa saber que você está interessado e prestando atenção
- Olhe nos olhos do bebê enquanto conversa com ele
- Além de conversar com a voz infantilizada, também fale com ele de forma adulta, para que ele também saiba como uma conversa de gente grande funciona
- Narre as atividades que vocês estão fazendo juntos, como dar banho
- Cante canções, principalmente as que têm atividades, como “sentar e levantar” ou “nomear os membros do corpo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Cooper RP e Aslin RN (“Preference for infant-directed speech in the first month after birth”, Child Dev, 1990), Saito Y, Aoyama S et al (“Frontal cerebral blood flow change associated with infant-directed speech”, Arch Dis Child Fetal Neonatal, 2006), Riken (“Mothers don’t speak so clearly to their babies”), Web Medical Team (“How to talk to your baby”)
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