Toda mãe sabe que ter um recém-nascido no braço é ter uma lista infindável de preocupações. E, dentre tantos assuntos que causam aflição, está o tamanho da cabeça. Até porque o aumento nos casos de microcefalia colocou o perímetro cefálico como tema central nas consultas antes e após o nascimento do bebê. E é justificável, afinal, é por meio desta medida que os especialistas conseguem determinar se as crianças possuem alguma doença grave do sistema nervoso, que geralmente ocasionam a microcefalia e a macrocefalia. Se a primeira diz respeito ao tamanho reduzido e anormal da cabecinha do bebê, a segunda define um tamanho aumentado da caixa craniana, muito acima do normal, decorrente do acúmulo de líquidos.
Além do zika vírus, outras doenças contraídas pela mãe durante o período de gestação, como a toxoplasmose e rubéola, também acarretam malformações no perímetro cefálico. Condições genéticas, como a síndrome de Down e a de Edwards também têm, entre seus principais sintomas, o desenvolvimento irregular da cabecinha do bebê. Um dos exames mais efetivos para a descoberta de irregularidades na formação da caixa craniana do bebê, quando ele ainda está na barriga da mãe, é a ultrassonografia de rotina, realizada diversas vezes ao longo do pré-natal.
Acompanhar o tamanho da cabeça não é importante apenas durante a gravidez. Mesmo que a criança nasça saudável, o pediatra deve medir a circunferência da cabeça em todas as consultas realizadas no primeiro ano de vida do bebê. A medida revela o crescimento cerebral e, a partir dela, é possível detectar precocemente várias patologias neurológicas.
"Por que os bebês são cabeçudos?"
Mesmo quando as medidas do perímetro cefálico estão dentro dos parâmetros de normalidade, é comum a gente olhar para o bebê e achá-lo "cabeçudo". Essa percepção de fato procede. Conforme os meses vão passando, a cabecinha vai ficando mais proporcional ao resto do corpo, mas os recém-nascidos têm mesmo o perímetro cefálico avantajado.
Para se ter uma ideia, no segundo mês de gestação, a cabeça corresponde a metade do corpo do feto. Quando o bebê nasce, o percentual já caiu para 25%. Na idade adulta, a cabeça equivale, proporcionalmente, a apenas 10% do corpo.
O aumento do perímetro cefálico no primeiro ano de vida ocorre, em geral, da seguinte forma:
1º trimestre: crescimento de 2 cm/mês
2º trimestre: crescimento de 1 cm/mês
2º semestre: crescimento de 0,5 cm/mês
Isso significa que, uma criança que nasceu com 35 cm de perímetro cefálico, aos seis meses terá 44 cm de circunferência da cabeça, o que corresponde a um aumento de 6 cm no primeiro trimestre (dois por mês) e de 3 no segundo (1 por mês). Já no segundo ano de vida, o crescimento da circunferência da cabeça é de cerca de 2 cm. Nessa idade, a cabeça da criança já terá atingido 90% do tamanho que terá na idade adulta.
Uma das formas de medir o perímetro cefálico do bebê é posicionando uma fita métrica acima dos olhinhos do bebê, ou seja, bem rente em sua testa, de modo que os cabelos não atrapalhem durante o processo. Porém, só o pediatra do pequeno poderá, de fato, avaliar se ele está se desenvolvendo dentro dos padrões esperados.
Por fim, é bom dizer que o perímetro cefálico depende, também, de fatores genéticos. Se um dos genitores tiver uma cabeça grande, não deve se assustar se o filho parecer mais cabeçudinho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
“Acompanhamento do crescimento normal” - Revista de Pediatria - SOPERJ.
“Perímetro cefálico em crianças até três anos de idade - Influência de fatores sócio-econômicos” - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
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