Para as mamães que estão esperando ou já deram à luz meninos, uma palavrinha precisa entrar no vocabulário materno: a fimose. A condição diz respeito ao estreitamento total ou parcial do prepúcio, a " pelinha" que recobre a cabeça do pipi.
Isso acontece porque durante os primeiros meses de vida, assim como todos os outros sistemas e órgãos do corpo, o pênis ainda está se desenvolvendo. Estudos científicos apontam que somente 4% dos bebês do sexo masculino vêm ao mundo com a pelinha no seu devido lugar. Portanto, é comum que até que as crianças completem 3 anos de idade a aderência já tenha se normalizado gradualmente, pela ação do próprio organismo.
Além dessa situação congênita, existe também a causa fisiológica, como é caracterizada aquela que é adquirida ao decorrer da vida. Nesse caso, as causas mais recorrentes são devido ao aparecimento de cicatrizes e assaduras na região, capazes de fazer com que essa porção da pele se retraia. A higiene precária da genitália do bebê também é um fator de risco, pois é uma catalisadora de processos inflamatórios e outras infecções na região, estreitando ainda mais o canal, chamadas pelos especialistas de postites.
Tratamento da fimose
Dependendo do quadro, o médico pode indicar o tratamento conservador, que consiste na aplicação de uma pomada ou loção cremosa com corticóides por um período que pode variar de 20 a 30 dias.
Caso o prepúcio não recue durante a primeira infância, pediatras e urologistas indicam o procedimento cirúrgico chamado de postectomia ou circuncisão, para retirar o prepúcio. Normalmente, ele é realizado na faixa etária que compreende os 7 aos 10 anos de idade. É uma cirurgia simples, permitindo que a criança seja liberada do hospital no mesmo dia. Caso não haja nenhuma complicação, é indicado o repouso por quatro dias para que o garoto esteja apto a retomar a rotina. É normal que haja dificuldade para urinar num primeiro momento, mas esse desconforto é passageiro.
Prevenção e cuidado
Higienizar corretamente o pipi é a forma mais eficaz de prevenir a fimose. Outro cuidado indicado por especialistas é que os pais e cuidadores, tanto na hora de trocar as fraldas, quanto no banho, não puxem a pele ou façam qualquer movimento com o objetivo de desobstruí-la, porque podem machucar a região, além de proporcionar sangramentos, aumentando, portanto, as chances de aparecerem cicatrizes que serão capazes de obstruir ainda mais a cabeça do pênis.
É importante ressaltar ainda que a partir do momento em que os pais e cuidadores percebam a obstrução ou o aparecimento de feridas e cicatrizes na pelinha que recobre o pênis, procurem um médico imediatamente para verificar qual é a causa e o tratamento mais adequado para o problema.
Fimose feminina
Embora o problema seja conhecido por atingir, majoritariamente, os meninos, existe também a fimose feminina. Nesse caso, a condição surge quando os lábios menores da vagina sofrem uma aderência, obstruindo a abertura da região. E mesmo que a idade de maior incidência seja até 3 anos, o problema pode acontecer em garotas de até 10 anos. Normalmente, a forma de tratar indicada por pediatras é uma pomada de estrogênio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Jornal de Urologia Pediátrica - Atualização - “Diretrizes para a urologia pediátrica”, 2012.
Jornal de Urologia Pediátrica - “Orientações sobre urologia pediátrica”.
Sociedade Brasileira de Urologia - Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina - “Projeto Diretrizes - Cirurgia Peniana: Fimose e Hipospádia”, 2006.
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