Fase oral do bebê: mão na boca e dedo na boca

"5 minutos - 24 de Julho de 2018 - por Equipe Danone Baby

Por volta dos três ou quatro meses de idade, o bebê passará a colocar tudo na boca: as mãozinhas, os brinquedos, os acessórios que o cuidador estiver usando etc. A fase oral do bebê pode deixar os pais preocupados com sujeira ou riscos de engolimento. Deve-se prestar atenção, mas também é preciso entender que esses hábitos fazem parte do desenvolvimento.

Conforme vão crescendo, os bebês se tornam verdadeiros exploradores. Para eles, aprender é uma experiência sensorial e isso inclui o paladar. Portanto, colocar tudo na boca significa que estão procurando saber mais sobre o mundo que os rodeia. Na fase que pode se estender até os 18 meses, a boca serve para identificar o gosto e a textura dos objetos.

A sensação no aleitamento materno é tão prazerosa que o bebê busca outras formas de conseguir prazer, como levar objetos, mãos e dedos à boca.

Segurança do bebê durante a fase oral

Como a fase oral é natural, os pais não devem ser radicais e impedir que o bebê experimente o mundo pela boca. Mas é importante estar atento para evitar acidentes, como sufocamentos. Objetos de pequena dimensão, por exemplo, são os principais responsáveis pelo bloqueio de vias respiratórias. É por esse motivo que a maioria dos brinquedos para crianças até dois anos contém peças maiores.

Objetos pontiagudos e cortantes são um perigo para as crianças em qualquer idade. Nesta fase, eles podem machucar os lábios, pele e gengiva dos bebês. Medicamentos e produtos de limpeza também devem estar fora de alcance, pois podem causar intoxicação. O ideal é que sejam guardados em locais como armários altos e fechados.

Outros objetos que os pais não quiserem que o bebê coloque na boca, como celulares ou controles remotos, devem ficar fora de alcance ou guardados em locais seguros. O mesmo vale para itens muito sujos, como dinheiro.

Mão na boca e dedo na boca

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, chupar o dedo também faz parte do comportamento normal do bebê, assim como colocar as mãos e os pés na boca. Ele faz isso desde o útero materno, para fortalecer a musculatura responsável pelos movimentos de sucção, preparando-se para mamar.

O hábito traz uma sensação de conforto que acalma a criança, que passa a relacionar a sucção com um estado de segurança e aconchego. Mas, apesar de natural, chupar os dedos pode gerar problemas fisiológicos, estéticos, emocionais e até de convivência em sociedade. Isso acontece quando o costume se torna frequente e se estende para além do primeiro ano de vida.

Quando o hábito vai muito além do primeiro ano de vida, pode provocar alterações de fala, atraso do desenvolvimento e amadurecimento da mastigação de deglutição e de posição dos lábios, causando respiração oral ou mista. Também pode causar problemas na aceitação de determinados alimentos. Se isso ocorrer, é preciso auxílio de psicólogo, fonoaudiólogo e dentista. Os profissionais de saúde poderão diagnosticar as causas desse comportamento, trabalhar para eliminá-lo e tratar as consequências.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bibliografia: Sociedade Brasileira de Pediatra/Agência Brasil (“Chupar dedo: quais os efeitos desse hábito?”), Instituto Mãe (“A fase oral do bebê e sua importância”), Brasil Escola (Por que as crianças levam tudo à boca?”)

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