Você já deve ter percebido que o seu bebê parece um pouquinho “vesgo” por alguns segundos. Na realidade, o nome para este problema é estrabismo. No caso dos bebês, o estrabismo é intermitente, ou seja, é normal que os olhos desviem tanto para dentro (convergente), quanto para fora (divergente) por alguns segundos.
Nas primeiras semanas de vida, o recém-nascido enxerga totalmente embaçado, porque para que uma imagem seja formada com nitidez o cérebro precisa desenvolver a capacidade de processar todas as informações captadas pelo olhar. Esse é um processo gradual e, até por volta de dois meses, os bebês conseguem enxergar com exatidão apenas rostos e objetos posicionados num raio de distância que varia entre 20 a 30 centímetros.
Quando completa 4 meses, a criança já é capaz de acompanhar movimentos ao redor com o olhar. É fundamental que, nesta fase, seja durante a amamentação ou no decorrer das brincadeiras, você estimule a capacidade do seu bebê de olhar para os objetos e rostos. Mover um brinquedo de perto para longe ou vice-versa, fazer charadas como “Cadê? Achou!” são formas positivas de incentivá-lo a prestar mais atenção e traz benefícios para o desenvolvimento do seu sistema cognitivo.
Mesmo que os bebês não enxerguem com exatidão nos primeiros meses de vida, sua audição é extremamente aguçada: mais ou menos uma forma de “compensar” a maneira como veem as cores e formas embaçadas.
Aos seis meses, no entanto, espera-se que essa "sensação de estrabismo" desapareça, porque é nesta época que os bebês conseguem, de fato, fixar o olhar, é indicado conversar com o pediatra e buscar um oftalmologista que cuide de bebês. Se houver o diagnóstico de estrabismo, o tratamento deve começar na sequência para que a criança não tenha a visão prejudicada.
A forma mais comum, indicada por oftalmologistas, para corrigir o estrabismo em bebês, é o uso de óculos e de tampão, para incentivar o olho com problema a melhorar a capacidade visual. Em casos mais específicos, é recomendada a realização de uma cirurgia, mas o oftalmologista saberá discernir qual é o melhor tratamento.
Teste do olhinho (triagem visual)
Quando a criança nasce, é normal que na maternidade seja realizado o exame do reflexo vermelho, capaz de detectar doenças que comprometem a visão como glaucoma ou catarata congênita. Caso não seja feito na maternidade, o pediatra também poderá fazê-lo na primeira consulta, sem maiores problemas.
O exame é simples, rápido e indolor e consiste na identificação do reflexo vermelho nos dois olhos do bebê, simultaneamente. A presença do reflexo vermelho revela que as principais estruturas internas do olho (córnea, íris, pupila, retina e cristalino) estão transparentes, de forma que a retina seja atingida pela luz. Isso mostra que o recém-nascido está em boas condições. Se o reflexo vermelho não for visualizado ou se não apresentar boa qualidade, o bebê deve ser encaminhado a um oftalmologista para confirmação do diagnóstico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Movimentos oculares no bebê: o que eles nos indicam sobre o status oftalmológico e neurológico, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, 2007.
Ambliopia - Departamento de Pediatria AMBULATORIAL da Sociedade Brasileira de Pediatria, 2011.
Distúrbios da visão binocular - Estrabismo e Heteroforia - Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará.
Diretrizes de Atenção à Saúde Ocular na Infância: Detecção e Intervenção Precoce para Prevenção de Deficiências Visuais, Ministério da Saúde, 2013.
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