Criança doente: 3 doenças mais comuns na creche

5 minutos - 9 de Abril de 2018 - por Equipe Danone Baby

Creche, berçário ou escolinha é sinônimo de criança doente? Muita gente pode achar que dizer uma coisa dessas é exagero ou mito, mas é verdade. Estudos científicos comprovaram que os pequenos inseridos nesses ambientes têm duas a três vezes mais chances de desenvolver doenças infecciosas.

Estudos científicos apontaram que um pequeno que frequenta creche ou berçário tem de duas a três vezes mais chances de ser uma criança doente. (Foto: iStock)

Isso acontece porque na primeira infância o sistema imunológico ainda está em processo de desenvolvimento e, por isso, o convívio com outras crianças é um ‘prato cheio’ para a contaminação com vários microrganismos como bactérias e vírus. A boa notícia é que, conforme crescem, as crianças ficam mais resistentes.

Para ajudar os pais nesse momento de entrada na escolinha, listamos abaixo três principais doenças que atingem as crianças na creche, suas causas, sintomas e tratamento:

Conjuntivite

A conjuntivite é a infecção da membrana conjuntiva, um pedacinho de tecido que cobre a porção branca dos olhos e da parte inferior da pálpebra dos olhos.

  • Causas: Existem três tipos de conjuntivite, a infecciosa, provocada por uma bactéria ou vírus, a alérgica, que aparece devido a uma alergia na região dos olhos pelo contato com alguma substância, e a neonatal, quando ao nascer o bebê se contamina com a secreção vaginal da mãe, que pode ter algum microrganismo nocivo, durante sua passagem pela vagina.
  • Sintomas: Nos três casos, os sintomas são os mesmos: irritação e vermelhidão dos olhos, lacrimejamento e presença de secreção excessiva, que pode ser branca, amarelada e espessa. Além disso, inchaço das pálpebras, coceira, hipersensibilidade à luz, choro, desconforto e irritação também entram para a lista de sinais mais recorrentes.
  • Tratamento: Depois do diagnóstico físico, que pode ser complementado com exame de análise da secreção, o tratamento é feito com o colírio indicado pelo oftalmologista, além da higienização dos olhinhos, que pode ser feita com gaze, água mineral ou soro fisiológico.

Virose

Conforme o próprio nome sugere, a virose é causada pela contaminação por vírus. Esses parasitas microscópicos não são capazes de se reproduzir sozinhos, por isso buscam organismos vivos como o corpo humano para se alojarem.

  • Causas: Quando o sistema imunológico do corpo não é capaz de combater o vírus, estes multiplicam-se e espalham-se a outras células, repetindo o processo. Qualquer um é suscetível a ser infectado por viroses, principalmente através do contato com outras pessoas e secreções.
  • Sintomas: Normalmente, as viroses duram de 7 a 10 dias, com melhora significativa a partir do quarto dia. Os sintomas mais comuns do problema são: coriza, dor de cabeça, mal-estar, febre, dor de garganta, dor de ouvido, náusea, vômito, diarreia e dor abdominal. A doença tem caráter sazonal, portanto a virose gastrointestinal é mais comum no verão e aquelas que atingem o sistema respiratório aparecem com maior frequência no inverno
  • Tratamento: Apenas o médico pode fazer o diagnóstico e definir o tratamento adequado. Geralmente, doenças virais são tratadas com medicamentos para baixar a febre, alimentação leve e frequente ingestão de líquidos para não desidratar.

Resfriado

O resfriado também é uma virose, ou seja, é uma infecção também causada por um tipo de vírus. A doença cientificamente chamada de rinofaringite atinge o nariz e a garganta.

  • Causas: Segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Pediatria, o vírus sincicial respiratório (VSR) é o principal responsável pelo surgimento do resfriado.
  • Sintomas: Os sinais mais comuns do bebê resfriado são: dor de garganta, obstrução nasal, coriza, espirros, tosse seca, febre alta em crianças com menos de 5 anos de idade. Dependendo de qual for o tipo de vírus, pode aparecer também diarreia. Vômito, falta de apetite, agitação, choro, mudança no padrão do sono e da respiração também podem aparecer.
  • Tratamento: Além do repouso indicado durante o período febril, a hidratação constante e o reforço alimentar com frutas e legumes ricos em vitamina C e B9 são indicados. A higiene constante do nariz também é importante para desobstruir e reduzir o volume de catarro nas narinas. Geralmente, os médicos indicam o uso de uma solução isotônica, sempre antes das mamadas e das sonecas. Antitérmicos e analgésicos também podem ser receitados, dependendo do caso.

Atenção: Tanto a conjuntivite, quanto a virose e o resfriado são doenças com alto grau de contágio, seja pelo contato direto com gotículas de saliva, espirros, secreções do olho, nariz ou até mesmo fezes. Então, se o seu pequeno desenvolver qualquer um desses problemas, não deixe que volte para a creche ou o berçário até que sare. Essa medida é importante para evitar que outras crianças também adoeçam.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Universidade Federal do Rio Grande do Sul - “O Ingresso e Adaptação de Bebês e Crianças Pequenas à Creche: Alguns Aspectos Críticos, 2001.

Jornal de Pediatria do Rio de Janeiro - “As creches e pré–escolas e as doenças transmissíveis”, 2007.

Liga de Oftalmologia - Universidade Federal do Ceará - “Conjuntivites agudas”.

Sociedade Brasileira de Pediatria - “Diretrizes para o manejo da infecção causada pelo vírus sincicial respiratório”, 2017.

“Infecções agudas das vias aéreas superiores – diagnóstico e tratamento ambulatorial” – Jornal de Pediatria, 2003.

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