Segundo o dicionário Priberan da Língua Portuguesa, a palavra culpa pode ser definida como a “falta voluntária contra o dever, omissão, desleixo”. A expressão, que integra desde cedo a vivência feminina, se fortalece quando as mulheres têm a experiência da maternidade, principalmente na volta ao trabalho. Pesquisadores brasileiros apontam a culpa como um sentimento ligado à educação e socialização feminina.
Estudos científicos brasileiros e internacionais têm apontado a maternidade na era pós-moderna como uma experiência completamente diferente da que era vivida por outras mulheres em décadas, séculos atrás. Ao passo em que as demandas de ser mãe permanecem como algo inerente ao papel de gerar, cuidar e zelar, a inserção feminina no mercado de trabalho, na academia e em outras esferas da vida pública e privada também influenciam diretamente no exercício da maternidade.
E como dar conta de tudo isso? Como conciliar a sobrecarga de aspirações, obrigações, deveres que estão sempre analisados sob o espectro da perfeição? A pesquisadora Karen Kleiman, que integra o Centro de Stress Pós-parto dos Estados Unidos, escreveu no artigo “Culpa, maternidade e a busca pela perfeição” que “as mulheres estão adoecendo com suas expectativas de perfeição”.
Por isso, para ajudar as mães a vencer esse sentimento angustiante, a especialista em depressão listou 6 dicas práticas:
- Não se compare com outras mães. Cada mulher, cada gestação, cada filho são únicos. Isso poderá gerar uma angústia e uma culpa gigantescas, ainda mais quando você se compara àquela que se dedica 24 horas ao cuidado com o rebento. Se possível, troque experiências com outras mulheres que também conciliam o trabalho fora com o cuidado com o filho. As experiências podem ajudá-la nesse processo
- Faça o que for necessário para estar com o seu filho sempre que possível, mas não se martirize nos dias em que algum imprevisto atrapalhar cronograma e você ter de chegar mais tarde em casa. Nem sempre a nossa dinâmica e agenda correspondem às nossas necessidades e vontades. E não se cobre tanto por isso.
- Faça o melhor que pode em todas as situações, e tenha certeza que, mesmo com todas as adversidades, você fez o necessário, o que importava e o que fazia sentido para você e para seu filho naquele momento.
- Não seja tão dura consigo mesma se falhar em alguma situação ou outra. Na maioria das vezes, criamos expectativas irreais sobre várias esferas da nossa vida, principalmente no que diz respeito à maternidade. Portanto, se você falhou, pense que essa é uma forma para aprender com o erro e fazer diferente numa próxima oportunidade.
- Não tenha vergonha de pedir ajuda quando necessário. O pai, por exemplo, é corresponsável e cabe a ele dividir e auxiliar em todas as demandas. Então, não hesite em dividir as tarefas, dessa forma você se sentirá menos sobrecarregada.
- Confie nos seus próprios instintos. A maternidade desperta na mulher várias sensações e sentimentos ligados ao cuidado com o filho e, mesmo que após o fim da licença-maternidade vocês fiquem longe por um tempo, esse vínculo e essa sinergia seguem fortes e únicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Faculdade de Ciências da Saúde do Centro Universitário de Brasília - “O conflito entre a maternidade e o trabalho na mulher pós-moderna”, 2007.
Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - “Maternidade distanciada: Vivências de mães sobre o ajuste entre maternidade e profissão, da gestação ao retorno ao trabalho”, 2013.
The Postpartum Stress Center, LLC - “Guilt, Motherhood and the Pursuit of Perfection”, 2011.
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