A realização do pré-natal é importante para garantir uma gestação saudável para mãe e bebê. Mas antes mesmo da concepção, a mulher pode dar início aos cuidados e fazer um check-up pré-gravidez, que envolve exames, vacinas e até perda de peso quando necessário.
De acordo com a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), ao planejar uma gravidez, uma das primeiras providências é consultar o médico que irá acompanhar a mulher durante a gestação. Ele fará as primeiras recomendações necessárias para preparar o corpo para a gravidez. Abaixo, separamos algumas atitudes que o profissional de saúde poderá recomendar para a mulher que deseja ter um bebê.
Histórico de saúde
O primeiro procedimento do médico será bater um papo sobre o histórico de saúde da mulher e do parceiro, assim como da família de ambos. Também irá verificar se as vacinas da futura mãe estão em dia, questionará sobre eventual uso de medicamentos de uso contínuo e conversará sobre hábitos de alimentação, atividades físicas, consumo de álcool, cigarro e outras drogas.
Além disso, o profissional de saúde irá perguntar se a mulher está tentando engravidar há algum tempo e o histórico de gestações.
O ideal é que tanto a mulher quanto o homem participem da conversa. A saúde e os hábitos de vida dos dois têm influências nas chances de conceber e, em seguida, manter uma gravidez saudável.
Exames
Durante a consulta, o médico irá orientar a futura mãe sobre os exames que terá de realizar, chamados pré-concepcionais. Em geral, são exames clínicos feitos por coleta de sangue e imagens, cujo objetivo é detectar patologias que possam interferir na gestação ou representar riscos para a gestante e o bebê.
Os exames pré-concepcionais são realizados em laboratórios comuns e são relativamentes simples quando o plano é engravidar de forma natural. Apenas em casos específicos, como em fertilização assistida, o profissional de saúde irá solicitar exames feitos por unidades especiais.
O médico poderá solicitar exames como:
- Colesterol
- Triglicérides
- Fator Rh
- Glicose
- Doenças sexualmente transmissíveis, como HIV, clamídia, sífilis e gonorreia
- Herpes
- Rubéola
- Imunidade à catapora
- Tireóide
- Anemia
- Doenças genéticas.
Além disso, o médico poderá pedir outros exames para verificar as condições gerais de saúde da mulher, como exame pélvico, papanicolau e aferição da pressão arterial. Este último é importante para detectar a hipertensão, condição que pode ser perigosa durante a gestação e, em condições graves, gerar um quadro de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.
Tratamento com ácido fólico
O ácido fólico, uma vitamina do complexo B, é essencial para uma gravidez saudável. Por volta da 3ª semana de gestação, acontece a formação do tubo neural do bebê, estrutura que se desenvolve para dar origem ao cérebro e medula espinhal. A carência de ácido fólico nesse período pode acarretar uma má formação do tubo neural e comprometer assim o desenvolvimento do feto.
Como parte das mulheres descobre que está grávida entre o final do primeiro e o meio do segundo mês de gestação, os médicos recomendam a suplementação de ácido fólico quando se iniciam as tentativas para engravidar, garantindo o bom andamento da gestação mesmo na fase em que a mulher ainda não sabe que está grávida.
Além dos benefícios ao feto, o ácido fólico ajuda a prevenir a anemia na gestação.
Vacinas
Certas vacinas devem estar em dia antes da gestação, pois não podem ser aplicadas quando a mulher já estiver grávida, como a tríplice viral (contra rubéola, caxumba e sarampo). Vacinas de vírus atenuados, como contra a varicela (catapora) e a febre amarela, também são contra-indicadas.
O médico também irá verificar se a mulher foi vacinada contra a rubéola, HPV, hepatites A, B e C. Durante a gestação, outras vacinas específicas serão indicadas.
Controle de peso
Mulheres acima do peso podem ter mais dificuldade para engravidar e sofrer certos riscos durante a gravidez, como pressão alta, coágulos sanguíneos, aborto e diabetes gestacional. Logo na primeira consulta, o médico irá medir o seu peso e solicitar uma série de exames que poderão apontar possíveis condições de saúde.
Talvez, o profissional de saúde aconselhe a perder um pouco de peso antes da gestação, dependendo das condições. Para o Ministério da Saúde, o excesso de peso no período pré-gestacional é um dos mais importantes fatores de risco à saúde materna e a gestante obesa deve ser considerada de alto risco.
Medicamentos
Mulheres que sofrem de epilepsia, pressão alta, asma, diabetes, distúrbios da tireóide ou depressão devem procurar o médico antes de engravidar. Além de mantê-las sob controle, será preciso regular as doses dos medicamentos, ou até substituí-los. Certos remédios podem ter um efeito indesejado sobre a saúde da gestante ou do feto.
Saúde bucal
Pois é, até mesmo dentes e gengiva devem estar saudáveis para que a gestação transcorra sem problemas. Mulheres com enfermidades como a gengivite são mais propensas a dar à luz bebês prematuros e de baixo peso.
Portanto, é fundamental manter a higiene bucal, escovando os dentes após as refeições e fazendo uso do fio dental. Antes de engravidar, consultar um dentista para eliminar qualquer problema e fazer uma limpeza pode ser indicado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ministério da Saúde (“Obesidade e sobrepeso pré-gestacionais: Prevalência e principais complicações maternas”)
Pastoral da Criança (“Saúde bucal da gestante, mais saúde para a mãe e o bebê”)
Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (“Cuidados com a saúde da pré-concepção ao pré-natal”)
Biblioteca Virtual em Saúde (“Como utilizar o ácido fólico no período gestacional”)
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande (“Suplementação com ácido fólico entre gestantes no extremo Sul do Brasil: prevalência e fatores associados”)
National Health Service - UK (“Planning your pregnancy”)
Web Medical Team (“Your Pre-Pregnancy Checkup”, “Health Essentials Checklist” e “Your Pre-Pregnancy Checkup”)
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