Os pais são os primeiros amigos do bebê no primeiro ano de vida. Mas quando ele fica mais grandinho, passa a aproveitar a companhia de gente da mesma idade. A amizade entre crianças é, além de divertido, importante para o desenvolvimento e aprendizagem.
Em geral, até os dois anos, a criança ainda é impulsiva, tem um vocabulário insuficiente para explicar porque está irritada ou com ciúme e acaba optando pelo caminho mais curto, a agressão. Ao morder um amigo, a criança não deseja agredir e sim chamar atenção de alguém ou conseguir algo de forma rápida, por exemplo.
Mas o fato de as mordidas e os tapinhas fazerem parte de uma fase do desenvolvimento, não significa que devam ser ignorados ou aceitos pelos pais. Quando a criança morde outra pessoa, é importante a mediação de um adulto, para fazer com que ela reflita sobre o que fez e para que entenda que há outras maneiras de conseguir o que deseja.
Como lidar com o bebê que morde
Uma das maneiras efetivas é oferecer situações que estimule o desenvolvimento oral da criança, como a contação de história. É muito grande o impacto da linguagem sobre o desenvolvimento do pensamento e da atividade global da criança. O cuidador também pode mostrar, com exemplos diários, que através da fala a criança pode obter aquilo que deseja, sem necessariamente precisar morder o amigo. Uma conversa tranquila, estabelecendo combinados com a criança e oferecendo atividades diversificadas que evitem os conflitos também são alternativas que ajudam a criança.
É importante ter em mente que, de forma alguma, a criança deve ser privada do processo de socialização por conta de comportamento tido como agressivo. Ter contato com outras crianças e adultos é indispensável para que o ser humano se desenvolva nos aspectos afetivo, cognitivo e cultural
Quando procurar ajuda
Apesar de, na maioria das vezes, a mordida fazer parte do desenvolvimento natural da criança, em alguns casos este comportamento pode sinalizar um problema de ordem emocional. Se as mordidas e tapas passam a ser frequentes, a criança pode estar insatisfeita, ansiosa ou com sentimento de rejeição. Quando isso acontece, a família e a escola precisam acompanhar de perto e com atenção para descobrir as possíveis causas. Dependendo do caso, é importante buscar a ajuda de um psicólogo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Escola Salesiana São Domingos Sávio - “Como lidar com a fase das mordidas”.
http://www.escolasalesiana.com.br/system/ckeditor_assets/attachments/4889/Reportagem_Mordidas.pdf
Universidade Federal de Pernambuco - “A mordida na creche: Quais os significados dessa expressão infantil?”.
http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV045...
"A partir do primeiro ano de idade, o bebê estará mais disposto a brincar com outras crianças e, aos poucos, demonstrará empatia e preferências
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