Segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), divulgada no ano de 2006, cerca de 20,9% das crianças brasileiras menores de cinco anos foram diagnosticadas com anemia. Para bebês menores de dois anos, o número é ainda maior: a prevalência da doença é de 24,1%.
Basicamente, a anemia infantil ocorre pela deficiência de ferro no corpo, um nutriente essencial para a vida humana por atuar na formação das células vermelhas do sangue, também chamadas de hemácias, responsáveis por transportar oxigênio. O ferro é tão fundamental para o desenvolvimento humano que um bebê de até um ano precisa absorver até quatro vezes mais o nutriente do que um adulto para ter um bom funcionamento de suas funções imunológicas e cognitivas.
Especialistas descobriram a existência de sete tipos de anemia, que variam, principalmente, de acordo com suas causas. Os sintomas, geralmente, são os mesmos: fadiga, fraqueza, pressão baixa, tontura, mal-estar, ritmo cardíaco acelerado, confusão mental, dores de cabeça, falta de ar, palidez e unhas fracas ou quebradiças.
Entretanto, como os sintomas podem ser confundidos com sinais de outras doenças, o diagnóstico médico costuma ser feito após a realização de um exame de sangue. O hemograma é capaz de identificar as alterações da taxa de ferro no interior das hemoglobinas, como são chamadas as proteínas do sangue.
Saiba quais são os 5 tipos de anemia mais comuns as formas de tratamento:
Anemia ferropriva
Esta é uma das variações mais comuns da doença, causada por uma concentração baixa de ferro nas hemoglobinas. Geralmente, a condição é desencadeada pelo pouco consumo de alimentos que possuem o micronutriente como ovos, carne vermelha ou vegetais de coloração verde escura como o espinafre, além de leguminosas como o feijão e a soja.
O tratamento indicado para esse tipo de anemia é a reposição do nutriente sob orientação médica, além de recomendada uma maior ingestão de alimentos ricos em ferro. Caso o quadro seja grave, o pediatra poderá indicar a transfusão de hemácias, mas é extremamente raro que isso aconteça.
Anemia megaloblástica
Este tipo da doença pode ser acarretada pela deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico, devido a carência da ingestão de alimentos ricos nessas duas substâncias como carnes, ovos, leite e seus derivados, leguminosas como lentilha e feijão-preto, além de vegetais de cor verde escuro, como o espinafre. Essa deficiência nutricional acaba fazendo com que os glóbulos vermelhos do sangue apresentem um tamanho anormal, além de diminuir os glóbulos brancos e as plaquetas sanguíneas.
As formas mais comuns de tratamento são, além da reeducação nutricional, a administração de medicamentos para repor os níveis de ácido fólico e da vitamina B12. Em casos graves, o pediatra poderá recomendar a transfusão de hemácias.
Anemia perniciosa
Esta é um subtipo da anemia megaloblástica mas, neste caso, a carência da vitamina B12 se deve a uma falha na absorção, por causa de um enfraquecimento do revestimento do estômago ou de uma condição autoimune. Caso não seja tratada com precisão, poderá acarretar danos sérios ao desenvolvimento cognitivo e cardíaco da criança. Como neste caso a ingestão de alimentos ricos em vitamina B12 não muda a absorção, muito provavelmente o tratamento será medicamentoso, de acordo com a prescrição médica.
Anemia hemolítica
Há quatro tipos de anemia hemolítica, sendo que a mais comum é a causada por esferocitose hereditária. Como o próprio nome sugere, é uma doença genética, ou seja, transmitida dos pais para o filho. Neste caso, as hemácias que normalmente vivem 120 dias possuem menor tempo de vida, além de serem menores e mais redondinhas.
Esse formato faz com que essas células sejam ‘sequestradas’ rapidamente pelo baço, um órgão que desempenha uma função muito importante no sistema imunológico: de filtro e reservatório de sangue. Muito provavelmente o pediatra pedirá uma série de exames além do hemograma para fazer o diagnóstico.
Anemia falciforme
Assim como as anemias hemolíticas, a falciforme também é hereditária. Uma de suas principais características é a alteração no formato dos glóbulos vermelhos, que se parecem com uma foice, justificando seu nome. Devido à sua forma, essas células do sangue se rompem com maior facilidade, o que acaba por causar a anemia.
No caso de bebês e crianças, os sintomas geralmente aparecem a partir dos seis meses de vida. Entre os sinais mais comuns estão as dores em ossos e articulações. Frio, desidratação e infecções, como pneumonias e meningites, podem potencializá-las.
Os exames capazes de identificar a condição são o teste do pezinho e a eletroforese de hemoglobina, a proteína do sangue. Crianças portadoras da doença deverão ter acompanhamento de uma equipe especializada formada por pediatras, enfermeiros, nutricionistas e até dentistas. Quanto mais cedo a anemia falciforme for descoberta, mais efetivas serão as medidas preventivas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
“Anemias” - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
“Artigo de revisão - Anemia ferropriva na infância” - Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, 2000.
" Apostila de Anemias" - Curso de Enfermagem da Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (FACIPLAC).
“Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas - Anemia por deficiência de ferro”.
“Anemia no Brasil – a importância da prevenção e controle” - Blog do Ministério da Saúde.
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