A máxima de que ‘é brincando que se aprende’ já encontra respaldo na ciência. Segundo um número crescente de pesquisas, como as do Center of Developing Child, da Universidade de Harvard, estímulos diversos, como as brincadeiras, são responsáveis por formar, na primeira infância, as conexões neurais mais importantes do desenvolvimento humano.
Brincando, o bebê explora os movimentos do seu próprio corpo e o mundo a sua volta, e experimenta estar em novos espaços e posições. O ato de brincar também é uma das formas mais efetivas para estreitar vínculos: nos primeiros meses de vida, os bebês já são capazes de reconhecer quem cuida deles e estão construindo noções de afeto, alegria e satisfação.
Por isso, a brincadeira não deve ser algo subestimado na rotina dos pequenos. Abaixo, conheça seis dicas para brincar com seu bebê de um a três meses, sempre respeitando seu ritmo de aprendizagem e interesses próprios, que começam a dar as caras a partir dessa faixa etária.
1. Durante o primeiro mês de vida, o brincar ocorre pelo contato visual
Nos primeiros 30 dias de vida, os bebês ainda não são capazes de enxergar num raio de distância superior a 30 centímetros, além de não poderem focar em rostos ou objetos. Por isso, eles se interessam pelas expressões, formato e movimentos do rosto do seu cuidador.
Nesse estágio, olhar nos olhos do bebê é uma das formas mais efetivas de estimulá-lo. Portanto, faça caretas, levante as sobrancelhas, pisque os olhos, mande beijos, converse com ele, leia, cante, explore as diferentes entonações da sua própria voz. Além de divertir, essas ações ajudam a desenvolver a linguagem e fortalecer o vínculo com ele.
Essas brincadeiras não têm hora para acontecer: podem ser feitas no banho, durante a troca de fralda, quando ele está no colo, mamando etc.
2. No segundo mês, brinque de espelho e explore as funções mais desenvolvidas
Nesta faixa etária, ele já é capaz de reconhecer o rosto dos pais e imitar expressões faciais, tendo em vista que sua percepção dos acontecimentos e pessoas à sua volta está mais aguçada. Por isso, a brincadeira do ‘espelho’, em que ele é capaz de entender e replicar movimentos simples, é tão divertida.
Ele também está começando a acompanhar objetos em movimento com a cabeça, além de tentar alcançar e segurar os que estão pertinho dele. É nesta idade que o ‘reflexo palmar’ começa a surgir. Coloque-o de bruços e faça movimentos pendulares e rítmicos com objetos coloridos e que têm sons, como chocalhos.
3. A partir do terceiro mês, explore as habilidades manuais e deixe-o brincar livremente
Com 90 dias de vida, os pequenos são capazes de segurar os objetos com maior destreza, tendo em vista que o reflexo palmar já está bem desenvolvido. É nessa faixa etária que eles também conseguem estabelecer relações de causa e efeito com maior clareza. Então, se ele manusear ou arremessar um chocalho, acaba por perceber de onde vem o barulho e passa a explorá-lo com maior frequência.
Nesta idade, os pequenos também já conseguem levantar a cabecinha com maior firmeza quando são colocados de bruços. Por isso, é indicado que os pais ou cuidadores os coloquem em um tapete macio no chão ou na cama para explorar ainda mais os movimentos do seu corpo. Eles podem permanecer de bruços, apenas, ou rolar de um lado para o outro, sempre com a supervisão do adulto.
4. Não há ambiente mais estimulante que a natureza
Em qualquer faixa etária, brincar ao ar livre estimula o desenvolvimento do sistema imunológico e aguça a curiosidade. É possível colocar a criança deitada num tapetinho para observar os animais, a grama e a textura das folhas e dos troncos das árvores, além das sombras projetadas por elas.
5. Música e leitura também são brincadeiras em potencial
Nessa etapa do desenvolvimento infantil, a música e a leitura estimulam a linguagem, ao permitirem a exploração de sons, palavras, rimas e emoções. Leia em voz alta para o pequeno. Também deixe que ele folheie os livros, que devem ser coloridos, macios, resistentes e com texturas. Cante e coloque músicas para tocar. Prefira as melodias mais calmas e rítmicas, para que ele vá identificando cada um dos instrumentos e associe determinada canção à partes da rotina.
6. Brinquedos caros não são sinônimo de diversão garantida
Os pequenos tendem a se interessar por objetos que os estimulem de uma forma mais variada, não por aqueles que custam mais caro. Por isso, ao invés de gastar com brinquedos prontos, opte por objetos simples, que podem ser levados à boca, colocados um dentro do outro, empilhados e manuseados livremente. São exemplos: colher de pau ou plástico, caixas, potes, fitas de cetim e paninhos, entre outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Center of Developing Child/Harvard University - “Brain Architecture” https://developingchild.harvard.edu/science/key-concepts/brain-architecture/
Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido - “Baby and toddler play ideas”.
https://www.nhs.uk/conditions/pregnancy-and-baby/play-ideas-and-reading/
Fundo das Nações Unidas para a Infância - “Recommendations for care for child development”.
https://www.unicef.org/earlymoments/files/ParentingTips_EN.pdf
Rede Ninguém Cresce Sozinho - “Brinquedos e brincadeiras para bebês de 0 a 3 meses”, 2016.
Instituto Fazendo História - “O acolhimento de bebês: Práticas e reflexões compartilhadas”.
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