O sarampo é uma das infecções virais mais comuns da primeira infância. E embora esteja erradicada no Brasil desde julho de 2015, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), recentemente, casos da doença têm reaparecido em países europeus como França, Itália, Alemanha e Bélgica.
Mesmo que a preocupação, a princípio, seja local, com a atual facilidade de se chegar em algumas horas do outro lado do planeta, é fundamental que todos trabalhem na prevenção para evitar o reaparecimento da doença no Brasil.
O homem e o macaco são os dois hospedeiros naturais do vírus. A principal forma de contágio se dá através das gotículas de secreções eliminadas, geralmente, pelas vias aéreas, durante a tosse, espirro e até mesmo a fala, quando entram em contato com as mucosas.
Os sintomas costumam aparecer num intervalo de 10 a 14 dias após à exposição ao vírus e compreendem febre alta (entre 38,5 a 40,5°C), dor de garganta, coriza, tosse forte e seca, dores musculares e de garganta, fadiga, diarreia, conjuntivite purulenta, fotofobia (irritação dos olhos pela claridade) e erupções espalhadas pela pele, geralmente acompanhadas de manchas avermelhadas. Além disso, normalmente, os pequenos costumam apresentar, num intervalo de um a três dias após o contágio, as chamadas manchas de Koplik, caracterizadas por pontos brancos-azulados na região dos dentes molares que, em alguns casos, podem se estender pela boca inteira.
O diagnóstico é clínico, entretanto, o pediatra sempre pedirá exames laboratoriais, especialmente o sorológico, para confirmar a suspeita. A maior presença de anticorpos do tipo IgM, produzidos em maior quantidade pelo sistema imunológico da criança para tentar combater a doença, confirmam a doença. Embora o sarampo não tenha cura, uma vez que a infecção se instalou no corpinho da criança, antitérmicos e suplementos de vitamina A são capazes de atenuar os sintomas. Além disso, compressas frias são recomendadas para atenuar as febres. Ingerir muito líquido, em especial água, também é uma das recomendações fundamentais para o tratamento, que deve ser sempre prescrito pelo pediatra e nunca feito apenas pela boa vontade dos papais e mamães.
No caso de pacientes que desenvolveram conjuntivite purulenta, colírios antibióticos podem ser receitados para serem usados num período de cinco a sete dias, além da limpeza dos olhinhos que normalmente é feita todos os dias com soro fisiológico ou água boricada. Umidificadores de ar também podem ser bem vindos, caso a criança tenha desenvolvido laringite e esteja com uma tosse muito seca.
As complicações mais graves do sarampo são a otite, pneumonia e a encefalite, ou seja, a inflamação do cérebro acarretada pela infecção. O sarampo hemorrágico é a variação mais grave da doença, embora seja extremamente raro. Além das manchas avermelhadas, outro sinal deste tipo específico é o sangramento da boca, nariz e tubo digestivo, além de complicações respiratórias graves e convulsões. Isso acontece porque o vírus afeta a coagulação intravascular, o que aumenta as chances de ser fatal.
Embora a mortalidade acarretada pela infecção em países desenvolvidos seja baixíssima, o que corresponde a uma taxa de 0,17 a 2 em cada 100 mil habitantes, em países subdesenvolvidos do continente africano os números são 400 vezes maiores, por estarem relacionados à desnutrição infantil. Isso porque quando o organismo da criança não está bem nutrido, apresenta características mais frágeis que acabam por favorecer o aparecimento de infecções virais e bacterianas. Não à toa, a taxa de mortalidade causada pela doença está relacionada a três aspectos fundamentais: nutrição, desenvolvimento socioeconômico e higiene.
A principal forma de prevenir o aparecimento do sarampo é por meio da vacinação. O Sistema Único de Saúde (SUS), oferece, gratuitamente, a vacina tríplice viral, que segundo o nome sugere, atua contra os três tipos mais comuns de infecções virais: sarampo, caxumba e rubéola. De acordo com recomendações do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, a primeira dose deve ser tomada quando os pequenos completam 1 ano de idade, e repetida quando completarem 15 meses de idade. É fundamental que os pais fiquem atentos à caderneta de vacinação dos filhos e que não atrasem nenhuma dose, para que as crianças não fiquem expostas à ação dos vírus e bactérias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
“Surtos de sarampo e rubéola na Europa reforçam a necessidade de vacinação, alertam autoridades sanitárias” - Sociedade Brasileira de Pediatria.
“Sarampo” - Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.
“Sarampo” - Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro.
“Sarampo - Essa cara pintada” - Folheto informativo desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Pediatria em parceria com o Ministério da Saúde.
"A nutrição correta nos primeiros mil dias tem um impacto profundo na capacidade de uma criança crescer, aprender e se desenvolver da forma ideal.
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