Sinusite, faringite e outras infecções respiratórias em bebês

"5 minutos - 17 de Agosto de 2018 - por Equipe Danone Baby

As assaduras causadas pelas fraldas são bastante comuns no primeiro ano de vida do bebê. A partir dos seis meses, é possível que elas apareçam como resultado da introdução alimentar, que pode mexer com o funcionamento do intestino do pequeno.

A introdução alimentar aos seis meses, como complemento da amamentação, é recomendada pelo Ministério da Saúde. Como o corpinho do bebê não estava acostumado aos novos alimentos, pode ser que passe por uma adaptação. Durante esse período, é normal que suas fezes fiquem diferentes, possivelmente mais firmes e com odor mais forte. Alguns alimentos não digeridos poderão aparecer nelas.

Também é possível que as fezes do bebê fiquem mais soltas, aquosas ou cheias de muco. Se isso ocorrer, significa que o trato intestinal está um pouco irritado. É importante conversar com o pediatra para que ele oriente a formulação do cardápio durante a adaptação. Alimentos muito ácidos também podem alterar a consistência do cocô.

Como o uso de fraldas promove o aumento da temperatura e umidade local, tornando a pele mais suscetível ao contato com fezes e urina, podem surgir assaduras nas áreas que são cobertas pelas fraldas: períneo, nádegas, região púbica e face interna das coxas.

Além da introdução alimentar, outros fatores podem provocar o aparecimento da dermatite pelo uso de fraldas, como:

  • Deixar o bebê com a fralda molhada ou suja por muito tempo
  • Contato e fricção entre a fralda e a pele do bebê
  • Infecção por fungos
  • Infecção bacteriana
  • Reação alérgica à fralda

Como é a assadura causada pelo uso de fraldas

A assadura mais comum é caracterizada por uma vermelhidão acompanhada de pequenas manchas. Mas a dermatite também pode aparecer de formas graves, como manchas persistentes na cor vermelho brilhante que se espalham para outras áreas do corpo. Erupções vermelhas, com escalas de amarelo, também podem surgir.

Como prevenir as assaduras em bebês

Como a dermatite causada pelo uso de fraldas é recorrente, os pais devem tomar alguns cuidados preventivos. O primeiro, e mais importante, é trocá-las sempre que estiverem molhadas ou sujas, mesmo que o bebê não esteja reclamando. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que a troca seja feita, no máximo, a cada três horas.

O recomendado é usar algodão umedecido em água morna, sem friccionar muito. Evite usar produtos irritantes, como sabões, detergentes e álcool. Também certifique-se de que a pele do bebê – principalmente as dobrinhas – está completamente seca antes de colocar a fralda.

Ao colocar a fralda, deixe-a um pouco folgada. Aperte o suficiente para evitar vazamentos, mas não o bastante para que fique desconfortável e a pele mais suscetível a assaduras. A fralda deve ter o tamanho adequado da criança.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sociedade Brasileira de Pediatria (“Filhos:da gravidez aos 2 anos de idade”)
Ministério da Saúde (“Guia alimentar para crianças menores de 2 anos”)
Biblioteca Virtual em Saúde (“Qual o tratamento adequado para dermatite na região das fraldas?”) American Academy of Pediatrics (“Diaper Rash”)
Web Medical Team (“Your Baby’s Diaper Rash”)

/content/dam/sn/local/bra/nutricia/2019/05/08/09/bebe-alimentacao2.jpg

Os primeiros alimentos sólidos ingeridos pelo bebê podem mudar a consistência das fezes e a quantidade de urina, causando assaduras por fralda

sn:sn-brazil/danone-nutricia/article-category/children-first-months|sn:sn-brazil/danone-nutricia/article-type/overviewdicas-para-cuidar-de-bebes-prematuros-em-casa|doencas-cronicas--saiba-quais-sao-as-mais-recorrentes|febre-em-bebes e para o fato de durar mais de 10 dias, o que poderá indicar que se trata de uma inflamação bacteriana. Além disso, o especialista poderá pedir o exame de sangue, pois ele indicará se há a presença de bactérias. Exames de imagem, como a tomografia, raramente são pedidos quando se trata de crianças pequenas, exceto quando a sinusite pode ser causada por complicações ósseas.

No caso da infecção causada por vírus, o tratamento é feito com analgésicos, antitérmicos e descongestionantes, até que os sintomas desapareçam. Para as inflamações causadas por bactérias ou que já atingiram o nível crônico, o médico receitará antibióticos e corticóides. No caso da sinusite fúngica, dependendo da sua gravidade, a cirurgia de drenagem da região poderá ser recomendada, caso o tratamento medicamentoso não funcione. Os pediatras também costumam contraindicar a natação para crianças que desenvolveram o quadro, pelo menos até melhorem completamente.

Laringite

A laringite compreende uma inflamação causada por vírus que atinge a laringe e a traqueia dos pequenos, região conhecida popularmente como garganta. E embora esteja localizada na parte mais inferior das vias aéreas respiratórias superiores, também dificulta a respiração. O sinal mais comum desse tipo de inflamação é a tosse seca, normalmente chamada de “tosse de cachorro”.

Causas

A laringite é causada normalmente pela ação de três tipos de vírus no organismo da criança: os parainfuenza I e II e o vírus sincicial respiratório. Também chamada de crupe viral, a doença atinge a porção subglótica da laringe, ou seja, localizada abaixo do epiglote, uma pequena cartilagem que possui um papel fundamental no processo de deglutição, como é chamada a ação de engolir.

A idade mais comum para o surgimento dessa inflamação é entre os 6 meses até os 3 anos de idade e seu pico de incidência ocorre, geralmente, nos 2 anos de idade. Porém, ela também pode aparecer em crianças mais velhas.

Em alguns casos, a inflamação pode ser motivada por malformações congênitas das vias aéreas como a laringomalacia (colapso das cartilagens da região durante a inspiração), traqueomalacia (flacidez do suporte da traqueia) e estenose subglótica (estreitamento entre as cordas vocais e as cartilagens da região).

Caso os médicos identifiquem um quadro de laringite que persista por mais de 5 dias durante o primeiro ano de vida, ele precisará analisar pois pode existir alguma dessas malformações. Outro fator que pode favorecer o aparecimento da inflamação na laringe é a presença de algum corpo estranho na garganta do bebê.

Sintomas

Além da tosse forte e seca, outros sinais devem servir de alerta para os pais, como o surgimento de coriza, febre baixa e obstrução das vias respiratórias, agitação, dificuldade para engolir. Normalmente, os sinais aparecem por 2 a 3 dias e desaparecem completamente 5 dias depois, mas em casos mais graves, além da respiração curta e rápida, o bebê pode apresentar palidez, cor azul ou roxa do rostinho em decorrência do aumento da hemoglobina sem oxigênio no sangue, torpor, convulsões, suspensão momentânea da respiração e até mesmo a morte.

Contágio, complicações, diagnóstico e tratamento

A laringite viral é contagiosa, por se tratar da ação de um vírus. Além do diagnóstico clínico, dependendo do quadro, o especialista pode solicitar uma radiografia da região cervical para excluir algumas possibilidades e verificar se a inflamação não está sendo causada por um corpo estranho, que só será identificado caso for radiopaco.

As principais complicações são: a falta de oxigenação das células do sangue, além da paralisação momentânea da respiração dos bebês. Se você perceber que o rostinho do seu filho está azul e que ele está com muita dificuldade para respirar ou convulsionando, procure imediatamente um médico. Outro sinal de perigo é se o seu bebê está fazendo um barulho muito alto durante a respiração, tecnicamente chamado de "estridor laríngeo".

Normalmente, o tipo de medicamento recomendado para o tratamento da laringite são os corticóides ou a inalação com algum tipo de remédio. Uma boa solução caso você seja acordada três noites com seu filho tossindo muito é ligar o chuveiro e deixar que o vapor tome conta do banheiro. Nesse momento, permaneça com ele nessa sauninha por cerca de 15 minutos. O ar quente irá ajudar a desobstruir as vias aéreas e reduzir, nem que seja um pouco, a tosse. Vaporizadores e outros umidificadores de ambientes também são recomendados, além de uma hidratação constante e alimentação frequente em pequenas porções, respeitando a recusa e a capacidade de deglutição. Embora os casos graves representem apenas de 1% a 5%, a idade entre 1 a 2 anos merece maior atenção, pois é a que concentra um maior número de casos mais graves.

Bronquiolite

A bronquiolite é uma infecção respiratória causada por vírus, que acomete os bronquíolos, obstruindo pela presença de muco as ramificações dos brônquios, que ficam na porção mediana do tórax, ou seja, no pulmão. É o tipo mais comum das infecções respiratórias das vias inferiores em bebês com menos de 1 ano de idade. A dificuldade para respirar devido a obstrução desses pequenos vasinhos varia de acordo com o grau de intensidade da inflamação.

Causas

A principal causa da bronquiolite é a ação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Em alguns casos, a inflamação também pode aparecer como complicação associada a rinofaringite. A prematuridade é apontada como um dos fatores de risco mais determinantes para o seu surgimento, devido às condições favoráveis do trato respiratório que não se desenvolve adequadamente em crianças que nascem antes de completarem 37 semanas de gestação.

Além disso, pequenos que nasceram com alguma doença ou irregularidade no coração como hipertensão pulmonar possuem mais chances de desenvolvê-la. Pequenos que também desenvolvam complicações relacionadas ao sistema imunológico também são mais suscetíveis.

Sintomas

Os sinais da bronquiolite se assemelham muito com os do resfriado normal. Porém, esse tipo de infecção respiratória geralmente causa mais falta de ar e exaustão. Além da tosse seca, febre baixa, espirros e coriza, há o aparecimento de “chiado no peito” durante a respiração.

Durante os três primeiros meses de vida, as crianças tendem a apresentar uma respiração eminentemente nasal, portanto se há a obstrução do narizinho, eles terão mais dificuldade para respirar, pois ainda não sabem fazê-lo pela boca.

Contágio, complicações, diagnóstico e tratamento

O contágio se dá, principalmente, pelas mãos de pessoas que estão infectadas com o vírus. Em quadros mais leves e moderados, sem grande risco para os bebês, o tratamento pode e deve ser feito em casa e basicamente se sustenta em uma boa hidratação e controle da febre através do uso de antitérmicos. Se a frequência respiratória do seu filho está significativamente maior, é muito comum que as refeições sejam fracionadas e menores. No caso da bronquiolite mais branda, é comum que a doença apresente um caráter autolimitado, ou seja, tenha um ciclo de incidência de uma semana.

Somente 2% dos pequenos necessita de hospitalização. E apenas é indicado caso eles possuam muita dificuldade para respirar e seja constatado a falta de oxigenação no sangue, associada a outros fatores como a recusa alimentar e fadiga respiratória. Nesse caso, os especialistas indicarão o emprego do oxigênio, além de ministrarem uma hidratação adequada, limpeza da secreção das fossas nasais e o mínimo manuseio do pequeno, esse último fator é fundamental e considerado um dos protocolos obrigatórios durante o tratamento. Em casos graves, a equipe hospitalar também poderá indicar o uso de medicamentos broncodilatadores, que como o próprio nome sugere, é capaz de dilatar os bronquíolos. Por fragilizar o trato respiratório das crianças, é comum também que haja o aparecimento de bactérias relacionadas a outros tipos de infecções.

O diagnóstico é clínico, entretanto, é comum que para que seja feita a confirmação os pediatras façam a radiografia do tórax do pequeno para auxiliar no diagnóstico. Nesse caso, se o seu filho apresentar a doença, haverá um excesso de ar nos pulmões. Especialistas também podem examinar a secreção do narizinho do seu filho, é nela que estará o vírus sincicial caso ele tenha desenvolvido esse tipo de inflamação.

As complicações mais sérias relacionadas ao aparecimento da infecção são, além do rostinho arroxeado ou azulado pela falta de ar, paradas respiratórias muito recorrentes e o aparecimento de outras infecções respiratórias causadas por bactérias, chamadas de secundárias.

Como prevenir o surgimento de infecções respiratórias?

No caso de doenças causadas por vírus e que portanto, são contagiosas, algumas dicas podem ajudar na prevenção do seu aparecimento. São elas:

  • Sempre lavar as mãos com água e sabão quando for lidar com o seu bebê e exigir de todos os responsáveis pelo seu filho que façam o mesmo, desde familiares até as professoras da creche ou da escolinha
  • Se o seu filho está doente, evite levá-lo à escola para evitar que outras crianças também sejam contagiadas pelos agentes patogênicos
  • Se o seu filho possui mais de 6 meses, uma boa alimentação com uma quantidade variada de frutas e legumes é uma das formas mais eficazes para fortalecer seu sistema imunológico
  • Caso o seu filho já esteja doente, procure trocar a roupa de cama com regularidade, bem como higienizar seu narizinho com bastante frequência, para que o catarro e as secreções purulentas não fiquem por muito tempo nas suas vias aéreas, favorecendo a proliferação de agentes patogênicos
  • Os cuidados com os pequenos devem ser redobrados na primavera e no inverno, quando o aparecimento dos vírus é mais recorrente devido às condições ambientais
  • Sempre que possível, evite que crianças com idades inferiores a 2 anos entrem em contato com pessoas infectadas
  • Se você fuma ou possui familiares que fumam, sempre evite que eles o façam perto das crianças, porque dessa forma elas se tornarão fumantes passivas, o que pode favorecer o aparecimento de algumas infecções, como a sinusite, por exemplo
  • Evitar ambientes muito fechados, com grandes aglomerações, secos, com ar condicionado até que o seu filho complete 2 anos de idade

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sociedade Brasileira de Pediatria - Jornal de Pediatria - “Bronquiolite viral aguda - um tema ainda controvertido”, 1998.

Sociedade Brasileira de Pediatria - Jornal de Pediatria - “Infecções agudas das vias aéreas superiores – diagnóstico e tratamento ambulatorial”, 2003.

Revista da Sociedade Brasileira de Enfermagem Pediátrica - “Doenças respiratórias na infância: uma revisão integrativa”, 2014.

Hospital Israelita Albert Einstein - “Diretrizes Assistenciais - Bronquiolite: Diretrizes para o diagnóstico, tratamento e prevenção”, 2008.

Ministério da Saúde - “Manual de Normas para Controle e Assistência das Infecções Respiratórias Agudas”, 1993.

e para o fato de durar mais de 10 dias, o que poderá indicar que se trata de uma inflamação bacteriana. Além disso, o especialista poderá pedir o exame de sangue, pois ele indicará se há a presença de bactérias. Exames de imagem, como a tomografia, raramente são pedidos quando se trata de crianças pequenas, exceto quando a sinusite pode ser causada por complicações ósseas.

No caso da infecção causada por vírus, o tratamento é feito com analgésicos, antitérmicos e descongestionantes, até que os sintomas desapareçam. Para as inflamações causadas por bactérias ou que já atingiram o nível crônico, o médico receitará antibióticos e corticóides. No caso da sinusite fúngica, dependendo da sua gravidade, a cirurgia de drenagem da região poderá ser recomendada, caso o tratamento medicamentoso não funcione. Os pediatras também costumam contraindicar a natação para crianças que desenvolveram o quadro, pelo menos até melhorem completamente.

Laringite

A laringite compreende uma inflamação causada por vírus que atinge a laringe e a traqueia dos pequenos, região conhecida popularmente como garganta. E embora esteja localizada na parte mais inferior das vias aéreas respiratórias superiores, também dificulta a respiração. O sinal mais comum desse tipo de inflamação é a tosse seca, normalmente chamada de “tosse de cachorro”.

Causas

A laringite é causada normalmente pela ação de três tipos de vírus no organismo da criança: os parainfuenza I e II e o vírus sincicial respiratório. Também chamada de crupe viral, a doença atinge a porção subglótica da laringe, ou seja, localizada abaixo do epiglote, uma pequena cartilagem que possui um papel fundamental no processo de deglutição, como é chamada a ação de engolir.

A idade mais comum para o surgimento dessa inflamação é entre os 6 meses até os 3 anos de idade e seu pico de incidência ocorre, geralmente, nos 2 anos de idade. Porém, ela também pode aparecer em crianças mais velhas.

Em alguns casos, a inflamação pode ser motivada por malformações congênitas das vias aéreas como a laringomalacia (colapso das cartilagens da região durante a inspiração), traqueomalacia (flacidez do suporte da traqueia) e estenose subglótica (estreitamento entre as cordas vocais e as cartilagens da região).

Caso os médicos identifiquem um quadro de laringite que persista por mais de 5 dias durante o primeiro ano de vida, ele precisará analisar pois pode existir alguma dessas malformações. Outro fator que pode favorecer o aparecimento da inflamação na laringe é a presença de algum corpo estranho na garganta do bebê.

Sintomas

Além da tosse forte e seca, outros sinais devem servir de alerta para os pais, como o surgimento de coriza, febre baixa e obstrução das vias respiratórias, agitação, dificuldade para engolir. Normalmente, os sinais aparecem por 2 a 3 dias e desaparecem completamente 5 dias depois, mas em casos mais graves, além da respiração curta e rápida, o bebê pode apresentar palidez, cor azul ou roxa do rostinho em decorrência do aumento da hemoglobina sem oxigênio no sangue, torpor, convulsões, suspensão momentânea da respiração e até mesmo a morte.

Contágio, complicações, diagnóstico e tratamento

A laringite viral é contagiosa, por se tratar da ação de um vírus. Além do diagnóstico clínico, dependendo do quadro, o especialista pode solicitar uma radiografia da região cervical para excluir algumas possibilidades e verificar se a inflamação não está sendo causada por um corpo estranho, que só será identificado caso for radiopaco.

As principais complicações são: a falta de oxigenação das células do sangue, além da paralisação momentânea da respiração dos bebês. Se você perceber que o rostinho do seu filho está azul e que ele está com muita dificuldade para respirar ou convulsionando, procure imediatamente um médico. Outro sinal de perigo é se o seu bebê está fazendo um barulho muito alto durante a respiração, tecnicamente chamado de "estridor laríngeo".

Normalmente, o tipo de medicamento recomendado para o tratamento da laringite são os corticóides ou a inalação com algum tipo de remédio. Uma boa solução caso você seja acordada três noites com seu filho tossindo muito é ligar o chuveiro e deixar que o vapor tome conta do banheiro. Nesse momento, permaneça com ele nessa sauninha por cerca de 15 minutos. O ar quente irá ajudar a desobstruir as vias aéreas e reduzir, nem que seja um pouco, a tosse. Vaporizadores e outros umidificadores de ambientes também são recomendados, além de uma hidratação constante e alimentação frequente em pequenas porções, respeitando a recusa e a capacidade de deglutição. Embora os casos graves representem apenas de 1% a 5%, a idade entre 1 a 2 anos merece maior atenção, pois é a que concentra um maior número de casos mais graves.

Bronquiolite

A bronquiolite é uma infecção respiratória causada por vírus, que acomete os bronquíolos, obstruindo pela presença de muco as ramificações dos brônquios, que ficam na porção mediana do tórax, ou seja, no pulmão. É o tipo mais comum das infecções respiratórias das vias inferiores em bebês com menos de 1 ano de idade. A dificuldade para respirar devido a obstrução desses pequenos vasinhos varia de acordo com o grau de intensidade da inflamação.

Causas

A principal causa da bronquiolite é a ação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Em alguns casos, a inflamação também pode aparecer como complicação associada a rinofaringite. A prematuridade é apontada como um dos fatores de risco mais determinantes para o seu surgimento, devido às condições favoráveis do trato respiratório que não se desenvolve adequadamente em crianças que nascem antes de completarem 37 semanas de gestação.

Além disso, pequenos que nasceram com alguma doença ou irregularidade no coração como hipertensão pulmonar possuem mais chances de desenvolvê-la. Pequenos que também desenvolvam complicações relacionadas ao sistema imunológico também são mais suscetíveis.

Sintomas

Os sinais da bronquiolite se assemelham muito com os do resfriado normal. Porém, esse tipo de infecção respiratória geralmente causa mais falta de ar e exaustão. Além da tosse seca, febre baixa, espirros e coriza, há o aparecimento de “chiado no peito” durante a respiração.

Durante os três primeiros meses de vida, as crianças tendem a apresentar uma respiração eminentemente nasal, portanto se há a obstrução do narizinho, eles terão mais dificuldade para respirar, pois ainda não sabem fazê-lo pela boca.

Contágio, complicações, diagnóstico e tratamento

O contágio se dá, principalmente, pelas mãos de pessoas que estão infectadas com o vírus. Em quadros mais leves e moderados, sem grande risco para os bebês, o tratamento pode e deve ser feito em casa e basicamente se sustenta em uma boa hidratação e controle da febre através do uso de antitérmicos. Se a frequência respiratória do seu filho está significativamente maior, é muito comum que as refeições sejam fracionadas e menores. No caso da bronquiolite mais branda, é comum que a doença apresente um caráter autolimitado, ou seja, tenha um ciclo de incidência de uma semana.

Somente 2% dos pequenos necessita de hospitalização. E apenas é indicado caso eles possuam muita dificuldade para respirar e seja constatado a falta de oxigenação no sangue, associada a outros fatores como a recusa alimentar e fadiga respiratória. Nesse caso, os especialistas indicarão o emprego do oxigênio, além de ministrarem uma hidratação adequada, limpeza da secreção das fossas nasais e o mínimo manuseio do pequeno, esse último fator é fundamental e considerado um dos protocolos obrigatórios durante o tratamento. Em casos graves, a equipe hospitalar também poderá indicar o uso de medicamentos broncodilatadores, que como o próprio nome sugere, é capaz de dilatar os bronquíolos. Por fragilizar o trato respiratório das crianças, é comum também que haja o aparecimento de bactérias relacionadas a outros tipos de infecções.

O diagnóstico é clínico, entretanto, é comum que para que seja feita a confirmação os pediatras façam a radiografia do tórax do pequeno para auxiliar no diagnóstico. Nesse caso, se o seu filho apresentar a doença, haverá um excesso de ar nos pulmões. Especialistas também podem examinar a secreção do narizinho do seu filho, é nela que estará o vírus sincicial caso ele tenha desenvolvido esse tipo de inflamação.

As complicações mais sérias relacionadas ao aparecimento da infecção são, além do rostinho arroxeado ou azulado pela falta de ar, paradas respiratórias muito recorrentes e o aparecimento de outras infecções respiratórias causadas por bactérias, chamadas de secundárias.

Como prevenir o surgimento de infecções respiratórias?

No caso de doenças causadas por vírus e que portanto, são contagiosas, algumas dicas podem ajudar na prevenção do seu aparecimento. São elas:

  • Sempre lavar as mãos com água e sabão quando for lidar com o seu bebê e exigir de todos os responsáveis pelo seu filho que façam o mesmo, desde familiares até as professoras da creche ou da escolinha
  • Se o seu filho está doente, evite levá-lo à escola para evitar que outras crianças também sejam contagiadas pelos agentes patogênicos
  • Se o seu filho possui mais de 6 meses, uma boa alimentação com uma quantidade variada de frutas e legumes é uma das formas mais eficazes para fortalecer seu sistema imunológico
  • Caso o seu filho já esteja doente, procure trocar a roupa de cama com regularidade, bem como higienizar seu narizinho com bastante frequência, para que o catarro e as secreções purulentas não fiquem por muito tempo nas suas vias aéreas, favorecendo a proliferação de agentes patogênicos
  • Os cuidados com os pequenos devem ser redobrados na primavera e no inverno, quando o aparecimento dos vírus é mais recorrente devido às condições ambientais
  • Sempre que possível, evite que crianças com idades inferiores a 2 anos entrem em contato com pessoas infectadas
  • Se você fuma ou possui familiares que fumam, sempre evite que eles o façam perto das crianças, porque dessa forma elas se tornarão fumantes passivas, o que pode favorecer o aparecimento de algumas infecções, como a sinusite, por exemplo
  • Evitar ambientes muito fechados, com grandes aglomerações, secos, com ar condicionado até que o seu filho complete 2 anos de idade

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sociedade Brasileira de Pediatria - Jornal de Pediatria - “Bronquiolite viral aguda - um tema ainda controvertido”, 1998.

Sociedade Brasileira de Pediatria - Jornal de Pediatria - “Infecções agudas das vias aéreas superiores – diagnóstico e tratamento ambulatorial”, 2003.

Revista da Sociedade Brasileira de Enfermagem Pediátrica - “Doenças respiratórias na infância: uma revisão integrativa”, 2014.

Hospital Israelita Albert Einstein - “Diretrizes Assistenciais - Bronquiolite: Diretrizes para o diagnóstico, tratamento e prevenção”, 2008.

Ministério da Saúde - “Manual de Normas para Controle e Assistência das Infecções Respiratórias Agudas”, 1993.

"

Leia mais

PERGUNTAS SOBRE NOSSOS PRODUTOS?

Caso tenha alguma dúvida sobre a Danone Nutricia ou nossos produtos, entre em contato com nossa Central de Relacionamento!

x