Um dos maiores temores dos recém-pais tem nome: calendário de vacinas obrigatórias. Mas para além das agulhas, outro fator que tira — literalmente — o sono dos pais são as reações alérgicas, que variam bastante de acordo com o tipo e a gravidade.
Vermelhidão, irritabilidade, choro, coceira, sono excessivo, falta de apetite, dor no local, febre alta ou moderada — num intervalo de 24h a 48h após a aplicação — são as reações mais comuns. Alguns médicos indicam o uso de antitérmicos antes mesmo da aplicação, mas depende de cada caso e do peso do pequeno, por isso é fundamental apenas medicá-lo segundo a prescrição.
Entretanto, há casos em que os pequenos sofrem mais do que o habitual. Por isso, é fundamental que os pequenos sempre fiquem em constante estado de observação após serem vacinados e, caso os pais identifiquem sintomas como erupções na pele, vômitos e dificuldades para respirar, procurem diretamente o médico.
Confira abaixo as reações mais comuns para cada tipo de vacina para bebês de até 2 anos de idade e o que fazer em cada caso:
BCG
Esta é a vacina que o bebê deverá tomar ao nascer e protege contra a tuberculose. A aplicação é feita no braço do pequeno, e a reação ocorre no local, e pode perdurar de uma semana até 2 meses após a picadinha. Não se assuste: um nódulo avermelhado poderá surgir e poderá se tornar uma ferida, que logo será coberta por uma casquinha seca e se tornará uma cicatriz. Se isso acontecer é um bom sinal: a vacina fez efeito. Caso não ocorra, procure o pediatra e seu filho passará por um teste que apontará se o pequeno deverá ou não tomar outra dose. Febre e mal-estar são sintomas comuns neste caso. Lavar a região, normalmente, com água e sabão neutro até cicatrizar são indicações comuns nesse caso. De qualquer forma, consulte o pediatra para saber como agir nesse caso.
HEPATITE B
A primeira dose da vacina contra a doença é aplicada, também, no primeiro dia de vida do bebê. O local escolhido para a aplicação, geralmente, é a coxa. Normalmente não há reação alérgica, somente 3% dos pequenos podem apresentar febre baixa, e ele poderá ficar mais irritado e sensível neste período. Não medique seu pequeno com antitérmicos antes de consultar o médico, que prescreverá a dose correta com base no peso do seu filho.
TRÍPLICE DPT
Assim chamada pela obrigatoriedade das doses quando o pequeno completar 2, 4 e 6 meses, a reação mais comum da vacina aplicada para evitar o aparecimento de difteria, tétano e coqueluche é o aparecimento de febre de intensidade variável no primeiro dia após a aplicação, que é feita no bumbum do bebê. A febre pode perdurar até o segundo dia e, se for muito alta, antitérmicos podem ser prescritos, além da recomendação de banhos morninhos para atenuar a temperatura corpórea do pequeno. As nádegas do seu filho também poderão ficar doloridas, avermelhadas, inchadas e até mesmo endurecidas. Pequenas compressas de água quente podem aliviar o desconforto e a dor.
SABIN
O pequeno deverá receber a primeira dose quando completar 2 meses, a vacina protege contra a paralisia infantil. Por ser via oral, é extremamente incomum que a vacina provoque algum tipo de reação alérgica na criança.
HIB
A vacina é aplicada em crianças com idade entre 6 e 12 meses: são 2 injeções com intervalo de 1 ou 2 meses seguidos de um reforço 1 ano após a segunda dose. Poucos bebês apresentam reação febril após a aplicação da Haemophilus influenzae b, utilizada para proteger contra a meningite tipo B. Normalmente, a aplicação é feita junto com a Tríplice DPT, também nas nádegas do pequeno. Entretanto, se o seu filho ficar febril, converse com seu médico sobre a utilização de antitérmicos.
TRÍPLICE VIRAL (SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA)
A dose única da vacina que protege contra sarampo, caxumba e rubéola é dada quando o pequeno completa um ano de idade. A reação febril pode aparecer no intervalo de cinco a doze dias após a aplicação e pode variar de mínima a alta. Geralmente, os bebês também apresentam manchas vermelhas na região onde foi aplicada ou pelo corpo inteiro, que logo desaparecerão. Especialistas prescreverão o uso de antitérmicos para controlar a temperatura, caso haja febre alta.
INFLUENZA
A vacina que imuniza contra os vírus da gripe (H1N1, H3N2 e B) deverá ser aplicada em crianças com a faixa etária de 6 meses a 5 anos de idade e não causam reações por serem produzidas com o vírus morto, o que justifica a impossibilidade da criança desenvolver gripe após a aplicação, apenas uma vermelhidão no local de aplicação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sociedade Brasileira de Imunizações - “Imunização - Tudo o que você sempre quis saber”.
Ministério da Saúde - “Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação: cartilha para trabalhadores de sala de vacinação”.
UNICEF - “Como é o nosso bebê de 2 e 3 meses?”.
“Calendário de vacinação da criança - Rede pública” .
"Reacções adversas às Vacinas” - Sistema Nacional de Farmacovigilância de Portugal.Sistema Nacional de Farmacovigilância de Portugal.
Serviço de Pnemologia e Alergia Pediátrica - Hospital Felício Rocho, Hospital Infantil João Pedro II. - “Alergia a ovo e reações a vacinas - O que você precisa saber!”.
"A nutrição correta nos primeiros mil dias tem um impacto profundo na capacidade de uma criança crescer, aprender e se desenvolver da forma ideal.
Brincar com seu filho é tão importante quanto dar o peito, trocar a fralda ou dar banho
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