Poliomielite: sintomas, sequelas e prevenção

"5 minutos - 8 de Agosto de 2018 - por Equipe Danone Baby

Conhecida popularmente como paralisia infantil, a poliomielite é uma doença cujos surtos já assombraram o Brasil em diversos momentos do século 20. Hoje, está erradicada por aqui: o último caso registrado foi há quase 30 anos, em 1989. Mas um surto recente na Venezuela colocou o país em alerta e o Ministério da Saúde determinou que todas as crianças menores de cinco anos devem se vacinar contra a doença -- mesmo aquelas que já tenham recebido todas as doses da vacina. A campanha de vacinação contra a doença começou em 6 de agosto.

O que é a poliomielite

A poliomielite, também conhecida como pólio, é causada pelo poliovírus. Pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas. A ocorrência é mais comum entre os pequenos menores de quatro anos, cujos hábitos de higiene podem não ser tão eficientes. Mas a doença também pode ser transferida pela tosse, espirro ou por gotículas eliminadas ao falar.

Inicialmente, o vírus se multiplica nos locais por onde entra no organismo (boca, garganta e intestino). Em seguida, vai para a corrente sanguínea e pode chegar até o sistema nervoso. O indivíduo infectado pode desenvolver ou não os sintomas. Independente disso, pode transmitir a doença para outra pessoa.

De acordo com o Ministério da Saúde, a falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus. O período de incubação da doença varia de dois a trinta dias sendo, em geral, de sete a doze dias.

Sintomas da poliomielite

A maioria das pessoas infectadas pelo poliovírus apresenta o tipo não-paralítico da doença, em que não se manifesta nenhum sintoma. Quando os sintomas surgem, são brandos e podem ser confundidos com a gripe. Os principais sinais costumam durar de um a 10 dias. São eles:

  • Dor na garganta
  • Dor na cabeça
  • Mal-estar
  • Dor nas costas ou rigidez muscular, principalmente nos membros inferiores
  • Vômitos.

Em situações mais graves, a poliomielite leva à paralisia. Nesse caso, o indivíduo apresenta os mesmos sintomas da poliomielite não-paralítica, como febre, dor de cabeça e vômito. No entanto, evolui para fortes dores musculares e flacidez nos membros, muitas vezes pior em um dos lados do corpo e com maior incidência nos membros inferiores. Em casos extremos, leva à morte.

Sequelas da poliomielite

Quando o poliovírus infecta a medula e o cérebro, a poliomielite pode deixar sequelas motoras que não têm cura. São elas:

  • Problemas e dores nas articulações
  • Pé torto, conhecido como pé equino, e que impede a pessoa de encostar o calcanhar no chão
  • Crescimento diferente nas pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose
  • Osteoporose
  • Paralisia de uma das pernas
  • Paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta
  • Dificuldade de falar
  • Atrofia muscular
  • Hipersensibilidade ao toque.

Tratamento da poliomielite

Não existe um tratamento específico para a poliomielite. Todas as vítimas devem ser hospitalizadas e receber tratamentos específicos para os sintomas que apresentam, como medicamentos que aliviem dores musculares e nas articulações. Já as sequelas podem ser tratadas por meio da fisioterapia, realizando exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados e a postura. Assim, a qualidade de vida da pessoa pode ser aprimorada.

Vacina contra a poliomielite

Existem dois tipos de vacinas contra a poliomielite, oferecidas pelo Ministério da Saúde e pelas clínicas privadas de imunização:

  • Vacina Oral Poliomielite (VOP) – Vacina oral atenuada bivalente, ou seja, composta pelos vírus da pólio tipos 1 e 3, vivos, mas “enfraquecidos”. A aplicação é via oral.
  • Vacina Inativada Poliomielite (VIP) – Vacina trivalente e injetável, composta por partículas dos vírus da pólio tipos 1, 2 e 3, mas inativados – portanto, não causa a doença. A aplicação é via intramuscular.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a aplicação da VIP em países onde o risco de contração da enfermidade é baixo, como o Brasil.

Esquema de doses da vacina

O calendário oficial de vacinação do Ministério da Saúde recomenda o seguinte:

  • 1ª dose - VIP: 2 meses de idade
  • 2ª dose - VIP: 4 meses de idade
  • 3ª dose - VIP:6 meses de idade
  • 1º reforço - VOP: 15 meses de idade
  • 2º reforço - VOP: 4 anos de idade

Cuidados, contra-indicações e reações

Para ambas as vacinas, é recomendado adiar a vacinação caso a criança esteja com febre. Apenas no caso da VOP, é aconselhável interromper a amamentação por uma hora antes e depois da administração da vacina. Se o pequeno vomitar, é preciso repetir a dose. Veja, também, quais as reações à vacina mais comuns.

O Brasil está em estado de alerta e recomenda que os pais vacinem os filhos nas datas recomendadas pelo Sistema Único de Saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ministério da Saúde (“Poliomielite”)
Sociedade Brasileira de Pediatria (“Surto de pólio na Venezuela exige atenção redobrada no Brasil, alerta Sociedade Brasileira de Pediatria- SBP”)
Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos - Bio-Manguinhos (“Poliomielite: sintomas, transmissão e prevenção”)
Sociedade Brasileira de Imunizações (“Vacinas poliomielite”)

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