Meningite em crianças: causas, tratamentos e vacinas

"5 minutos - 19 de Fevereiro de 2018 - por Equipe Danone Baby

As meninges são membranas que revestem o cérebro e medula espinhal. A meningite é a inflamação causada por vírus, bactérias, fungos ou protozoários que vencem as defesas do corpo humano e se instalam nas membranas, responsáveis pela defesa do Sistema Nervoso Central.

A meningite pode produzir pus e causar uma infecção em todo o Sistema Nervoso Central. As formas bacterianas da doença costumam ser as mais graves, causadas por bactérias como Neisseria meningitidis (meningococo), Haemophilus influenzae tipo b e Streptococcus pneumoniae (pmeunococo). A meningite meningocócica, causada pela Neisseria meningitidis, é bastante grave e tem o potencial de causar epidemias. Portanto, mantê-la sob controle é uma questão de saúde pública.

As meningites virais também são consideradas preocupantes e podem levar ao quadro grave. Os principais vírus causadores da doença são o Enterovírus, Echovirus, Coxsackievirus, Arbovírus, vírus da febre do Nilo Ocidental e os vírus do grupo Herpes.

Em casos menos recorrentes, a meningite pode ser causada por fungos como o Candida albicans, protozoários como o Toxoplasma gondii e a larva Taenia solium.

Como se transmite a meningite?

Em geral, a meningite é transmitida de pessoa para pessoa através das vias respiratórios, por gotículas e secreções do nariz e garganta. No entanto, a doença não se transmite tão facilmente quanto outras condições, como a gripe. Respirar o mesmo ar que a pessoa infectada, por exemplo, não é arriscado.

Principais sintomas da meningite

Os sintomas mais recorrentes da meningite são dor de cabeça, vômitos em jato, febre, rigidez na nuca (dificuldade de dobrar o pescoço) e, em casos graves, manchas vermelhas na pele. Crianças muito pequenas também podem apresentar falta de apetite, irritabilidade e prostração (fraqueza, abatimento e moleza).

Outros sinais de gravidade são dor nas pernas, mãos e pés frios, coloração anormal da pele (palidez) e, mais raramente, conjuntivite e pneumonia. Já os sintomas que acompanham a febre costumam ser calafrios, alergia na pele e dor articular.

A doença pode evoluir para um quadro muito grave, deixando sequelas (amputação de membros, perda auditiva, danos neurológicos e cicatrizes cutâneas) ou causar a morte. Hidrocefalia, edema cerebral e paralisia dos nervos cranianos estão entre as consequências mais sérias. Por isso, os bebês e crianças com sinais de meningite devem ser levadas imediatamente ao médico. Quanto mais cedo for identificada, maiores as chances de recuperação.

Em bebês menores de um ano, pode ser difícil identificar os principais sintomas. Pais devem ficar atentos para a presença de rigidez corporal com ou sem convulsões, moleira tensa ou elevada, irritabilidade e inquietação com choro agudo e persistente.

Diagnóstico da meningite

Para diagnosticar a meningite, o médico pode solicitar exames de sangue para procurar bactérias na corrente sanguínea. Outra forma de diagnóstico é por meio de uma punção lombar.

Prevenção

A principal forma de prevenção da meningite é a detecção da doença e o tratamento precoce dos casos, para evitar que a condição seja transmitida para outras pessoas. Além disso, existem algumas vacinas que previnem a doença. No calendário básico previsto pelo Ministério da Saúde, as crianças devem ser tomar as seguintes:

  • BCG: previne a meningite tuberculosa
  • Vacina Pentavalente: protege contra a meningite e outras infecções causadas pelo vírus H. influenzae
  • Vacina Meningocócica conjugada C: protege contra a doença causada pelo N. meningitidis
  • Vacina Pneumocócica conjugada 10-valente.

A vacina contra a meningite meningocócica B não é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A doença é considerada de alta letalidade pela rápida evolução do caso. A imunização está disponível no Brasil em clínicas particulares.

Tratamento da meningite

Após o diagnóstico da doença, o paciente irá receber antibióticos por via intravenosa imediatamente. Crianças com mais de seis meses de idade também podem receber corticosteróides para ajudar a prevenir problemas neurológicos permanentes. Além disso, podem receber fluidos diretamente pelas veias e utilizar máscaras de oxigênio.

Se o seu filho estiver internado no hospital com meningite, as pessoas que irão cuidar dela devem garantir que a infecção não será transmitida para terceiros. As melhores formas de evitar o contágio nesse caso são:

  • A criança deverá ficar instalada em um quarto individual e provavelmente não poderá desfrutar da sala de brincadeiras com outras crianças. O ideal é pedir que brinquedos e outras atividades infantis sejam trazidas para o quarto
  • Quando consultar a criança, os médicos e enfermeiros estarão usando máscaras, proteção para as vistas, luvas e uma bata – pelo menos durante as primeiras 24 horas após a criança ter começado a tomar o antibiótico
  • Os pais devem levar as mães com água e sabão antes e depois de tocar na criança e antes de deixar o quarto
  • Pais e outros familiares talvez precisem tomar antibióticos - o médico é quem decidirá.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sociedade Brasileira de Pediatria (“Meningite” e “Doença Meningocócica Fascículo 3”)
Sociedade Brasileira de Infectologia (“Meningites”)
Ministério da Saúde (“Meningites”)
Site do Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido - NHS (“Meningitis”)
About Kids Health (“O que é a meningite?”)

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