Quem nunca suspirou ao ver vídeos de bebês brincando com bichos de estimação? Principalmente se você já é mãe ou está prestes a ter um filho, é quase impossível aguentar tanta fofura. Além de promover o estreitamento de vínculos e de favorecer o surgimento de valores que serão levados para toda a vida, como companheirismo, amizade e respeito, crescer com cães ou gatos traz inúmeros benefícios para a saúde do pequeno, conforme revelou o renomado jornal científico Pediatrics.
A pesquisa analisou 397 bebês nascidos na Finlândia, entre os anos de 2002 a 2005. Durante o primeiro ano de vida, os pais preencheram semanalmente um registro sobre a saúde dos filhos. Entre os requisitos do formulário estavam pontos como o aparecimento de tosses, corrimento nasal e otite, como é chamada a infecção de ouvido. Também constavam, entre os tópicos analisados, a necessidade de prescrição de antibióticos para os pequenos.
Os resultados foram bastante expressivos e conclusivos quanto à presença de pets em casa: das crianças participantes, 44% apresentaram uma menor probabilidade de desenvolver infecções no ouvido e 29% foram menos propensos a necessitar de tratamentos com antibióticos, quando comparadas às que cresceram sem bichos de estimação. Aquelas que tinham cachorro se deram ainda melhor e apresentaram 31% a mais de chances de serem mais saudáveis no primeiro ano de vida. Aquelas criados com gatos tinham 6% mais chances, quando comparados a famílias que não tinham bichanos.
A explicação é simples: especialistas apontaram que, quando expostas aos microorganismos que vivem no pelo e em outras partes dos bichinhos, as crianças fortalecem seu sistema imunológico para combater infecções causadas por vírus e bactérias, muito comuns durante os primeiros anos de vida. Isso significa que os microorganismos que habitam desde o focinho até as patas traseiras dos pets funcionam, na verdade, como um estimulante para as células de defesa infantis e são capazes de amadurecer a defesa do corpo.
As estatísticas relacionadas ao uso de antibióticos foram muito bem-recebidas pela comunidade médica internacional, uma vez que o uso excessivo desses medicamentos é capaz de aumentar a resistência das bactérias aos remédios, tornando-as mais potentes e difíceis de tratar.
Então, caso você esteja planejando ter um bebê ou já esteja grávida, leve em conta todos esses benefícios na hora de adotar um gatinho ou cachorro, mas lembre-se que são necessários vários cuidados no convívio entre os bebês e os animais de estimação. Entre eles estão sempre supervisionar o bebê quando estiver em contato com o bichinho – por mais dócil que o animal seja, gatos e cachorros são imprevisíveis e podem oferecer riscos em algum momento – e higienizar bem as mãos do bebê após tocar no animal de estimação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
The Journal of Pediatrics - “Respiratory Tract Illnesses During the First Year of Life: Effect of Dog and Cat Contacts”.
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A partir do primeiro ano de idade, o bebê estará mais disposto a brincar com outras crianças e, aos poucos, demonstrará empatia e preferências
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