Aborto espontâneo - sintomas, causas e outras orientações sobre o assunto

"5 minutos - 11 de Maio de 2018 - por Equipe Danone Baby

A notícia da gravidez é sempre uma surpresa na vida da mãe e dos familiares. E, muitas das vezes, é encarada de forma positiva por todos quando há um planejamento para aquela gestação. No entanto, por fatores diversos, pode acontecer da gravidez ser interrompida naturalmente nos primeiros meses, fenômeno conhecido como aborto espontâneo. Mesmo que seja um processo natural, é algo que pode causar frustrações no casal e deixá-lo abalado. Para lidar melhor com o ocorrido é preciso entender que isso é algo normal e frequente entre as mulheres. Abaixo, saiba mais sobre essa e outras questões relacionadas ao assunto.

O que é aborto espontâneo?

Segundo diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), o aborto espontâneo pode ser definido como a interrupção involuntária da gravidez até a 20ª semana de gestação, o que corresponde a um peso fetal em torno de 500 gramas.

Não há números oficiais dessa ocorrência na população feminina brasileira. Mas acredita-se que a cada dez gestações, duas não cheguem até o final. De acordo com dados divulgados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 80% dos abortos espontâneos acontecem até a 12ª semana de gestação. Ele pode ser caracterizado como precoce ou tardio, quando ocorre antes ou depois da 12ª semana, respectivamente.

Quais são os sintomas do aborto espontâneo?

Os sintomas mais recorrentes são:

  • Sangramento de intensidade variável e/ou expulsão de fluidos pela vagina
  • Dores também de intensidade variável na região do abdômen, lombar, pélvis e vagina
  • Contrações uterinas

É importante ressaltar que nem todos os abortos espontâneos apresentam sinais palpáveis como os que foram citados acima. Muitas das vezes a mulher não sabe que está abortando, principalmente no início da gestação, quando o embrião ainda está se formando.

Quais são as causas do aborto espontâneo?

Nem sempre é possível diagnosticar a causa, principalmente, se o aborto ocorre nas primeiras semanas de gestação, quando ele pode se assemelhar a uma menstruação normal, não exigindo procedimento posterior em um consultório. Ainda assim, existem fatores de risco, associados ao problema, e causas diretas, que podem determinar a interrupção da gravidez.

São fatores de risco:

  • Idade avançada: O risco pode ser de até 40% em mulheres que estão grávidas aos 40 anos e pode chegar a até 80%, aos 45 anos.
  • Histórico de perdas gestacionais anteriores: O risco aumenta consideravelmente quando há duas ou mais perdas.
  • Tabagismo: Mulheres que fumam mais de dez cigarros, diariamente, têm as chances aumentadas de 1,5 a 3 vezes de abortar espontaneamente.
  • Vício em álcool e em drogas ilícitas.
  • Uso de medicamentos, como anti-inflamatórios, caso ingeridos perto do período de concepção.
  • Baixo ou alto peso: Mulheres com o Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 18,5 ou superior a 25 também têm maiores chances de perder o bebê.

São causas do aborto espontâneo:

  • Anomalias genéticas: Responsáveis por metade dos casos, essas alterações ocorrem porque embriões não se desenvolveram corretamente durante a divisão das células para formação dos óvulos e espermatozoides, e, logo, não encontram condições para sobreviver.
  • Condições endócrinas: São aquelas que dizem respeito à produção hormonal fundamental para que a gravidez seja levada adiante. Alterações nos níveis de progesterona e dos hormônios tireoidianos podem ser motivos para o aborto, em especial, o de repetição, quando a mulher já tem histórico de perda de gestação.
  • Deficiências de quaisquer ordens do sistema imunológico e problemas renais também são causas de abortamento de repetição.
  • Tratamento inadequado do diabetes.
  • Infecções: Doenças infecciosas como rubéola, toxoplasmose, parvovirose, citomegalovírus, HIV, sífilis e listeriose favorecem a perda gestacional.

O que fazer quando acontece um aborto espontâneo?

O exame de ultrassom poderá confirmar a interrupção da gravidez, ao identificar na imagem a falta de batimentos cardíacos e de movimentação do bebê. Pode ser também que o feto não apareça na ultrassonografia, caso já tenha sido eliminado pelo útero materno. Em algumas situações, o obstetra avaliará a necessidade de medicamentos ou de curetagem, procedimento cirúrgico que consiste na raspagem do útero, para retirada de pequenos restos placentários.

Afora os cuidados que a mulher deve ter para garantir a sua saúde, em momentos como esse, é importante que ela conte com o apoio da família e de amigos próximos que a ajudem a enfrentar o problema da melhor maneira possível. Conversas com outras mães que vivenciaram a situação e consultas com um psicólogo também devem ser consideradas.

Aborto espontâneo e infertilidade: qual é a relação?

Não há uma relação direta entre esses dois fatores, quando se trata da primeira ocorrência de aborto na mulher. No caso de mulheres que tiveram várias interrupções naturais, é possível que estejam com a fertilidade comprometida. No entanto, todos as situações precisam ser investigadas. Estudos científicos apontam que se o aborto aconteceu durante as primeiras semanas de gestação e não houve necessidade de fazer curetagem, a mulher pode tentar engravidar novamente já no próximo ciclo menstrual. Aquelas que foram submetidas a procedimentos cirúrgicos precisam esperar cerca de três meses e seguir todas as recomendações médicas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo - “Aborto espontâneo de repetição e atopia”, 2003.

Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo - “Abortamento espontâneo e provocado: Ansiedade, depressão e culpa”, 2009.

Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo - “Fundamentação teórica: Abortamento”.

Escola de Medicina e Saúde Pública Bahiana - “Por que algumas mulheres sofrem aborto espontâneo?”.

Anais do Congresso Brasileiro de Enfermagem Neonatal - “O aborto espontâneo e suas principais causas”, 2012.

Diretrizes Clínicas Holandesas de Medicina de Família e Comunidade - “Aborto espontâneo”, 2004.

Organização Mundial de Saúde - Aborto espontâneo e provocado

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